ATA DA CENTÉSIMA SÉTIMA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 06-11-2013.
Aos seis dias do mês de
novembro do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dr. Thiago, Elizandro
Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon e
Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores
Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Delegado Cleiton,
Engº Comassetto, Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Marcelo
Sgarbossa, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Séfora Mota, Valter Nagelstein e
Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Resolução nº 046/13
(Processo nº 2999/13), de autoria da vereadora Mônica Leal; e o Projeto de Lei
do Legislativo nº 309/13 (Processo nº 2789/13), de autoria do vereador Waldir
Canal. Também, foi apregoado o Ofício nº 1323/13, do senhor Prefeito,
encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 042/13 (Processo nº 3116/13). Do
EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde,
emitidos nos dias vinte e quatro e vinte e cinco de outubro do corrente.
Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Septuagésima Oitava,
Septuagésima Nona, Octogésima, Octogésima Primeira, Octogésima Segunda e
Octogésima Terceira Sessões Ordinárias. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Bernardino
Vendruscolo, João Carlos Nedel, Alberto Kopittke, Mônica Leal e Any Ortiz. Às
quinze horas e dois minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Executivo nº 038/12
(Processo nº 2156/12), após ser encaminhado à votação pelos vereadores
Bernardino Vendruscolo, Reginaldo Pujol, Alceu Brasinha, Clàudio Janta, João
Carlos Nedel, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Sofia Cavedon e Cassio
Trogildo. Foi votada destacadamente e rejeitada Emenda nº 05 aposta ao Projeto
de Lei do Executivo nº 038/12, por cinco votos SIM e vinte votos NÃO, após ser
encaminhada à votação pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Marcelo
Sgarbossa, Reginaldo Pujol, Cassio Trogildo, Sofia Cavedon e Clàudio Janta, em
votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os
vereadores Alberto
Kopittke, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Pedro Ruas e Sofia Cavedon e
Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo,
Clàudio Janta, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João
Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº
07 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 038/12, por cinvo votos SIM e vinte
votos NÃO, após ser encaminhada à votação pela vereadora Sofia Cavedon e pelos
vereadores Reginaldo Pujol e Cassio Trogildo, em votação nominal solicitada
pelo vereador Pedro Ruas, tendo votado Sim os vereadores Alberto Kopittke,
Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Pedro Ruas e Sofia Cavedon e Não os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Clàudio
Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mario Fraga, Mônica
Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal. Foi rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de
Lei do Executivo nº 038/12, por cinco votos SIM e dezoito votos NÃO, em votação
nominal solicitada pelo vereador Waldir Canal, tendo votado Sim os vereadores
Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon e
Tarciso Flecha Negra e Não os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any
Ortiz, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Luiza Neves,
Mario Fraga, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista,
Paulo Brum e Reginaldo Pujol. Foi aprovada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 038/12, por vinte e dois votos SIM e quatro votos NÃO, em
votação nominal solicitada pela vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim
os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Clàudio
Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Mario Fraga, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo
Brum, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal e Não os vereadores
Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa e Sofia Cavedon. Foi
aprovada a Emenda nº 06 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 038/12, por
vinte e dois votos SIM e quatro votos NÃO, em votação nominal solicitada pela
vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato,
Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton,
Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel,
Luiza Neves, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra,
Valter Nagelstein e Waldir Canal e Não os vereadores Alberto Kopittke, Fernanda
Melchionna, Marcelo Sgarbossa e Sofia Cavedon. Na oportunidade, os trabalhos
estiveram suspensos das dezesseis horas e cinquenta e quatro minutos às
dezesseis horas e cinquenta e seis minutos. Foi aprovada a Emenda nº 08, por
dezenove votos SIM e seis votos NÃO, em votação nominal solicitada pela
vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Alceu Brasinha,
Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme
Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Luiza Neves, Mario Fraga,
Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal e Não
os vereadores Alberto Kopittke, Any Ortiz, Fernanda Melchionna, Marcelo
Sgarbossa, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon. Foi aprovado o Projeto de Lei do
Executivo nº 038/12, por vinte e três votos SIM e cinco votos NÃO, em votação
nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os vereadores
Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Cassio Trogildo, Clàudio Janta,
Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim,
João Carlos Nedel, Luiza Neves, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor Garcia,
Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal e Não
os vereadores Alberto Kopittke, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Pedro
Ruas e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação Nominal, esteve o Projeto de
Lei do Legislativo nº 164/12 (Processo nº 1960/12), com Veto Total, o qual,
após ser discutido pelos vereadores Sofia Cavedon, Alberto Kopittke, Fernanda
Melchionna, Idenir Cecchim, Clàudio Janta, Mônica Leal, Delegado Cleiton e
Séfora Mota, teve suspensa sua discussão, em face da inexistência de quórum
deliberativo. Durante a discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 164/12, a
vereadora Sofia Cavedon solicitou verificação de quórum, constatando-se a
existência do mesmo. Após a discussão desse projeto pela vereadora Séfora Mota,
a vereadora Sofia Cavedon solicitou nova verificação de quórum, constatando-se
a inexistência de quórum deliberativo. Às
dezessete horas e cinquenta e um minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Clàudio Janta. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei
Orgânica nº 002/13, discutido pela vereadora Sofia Cavedon e pelo vereador Valter
Nagelstein, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 030,
031, 036 e 037/13, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 014/13, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 175/12, 252, 259, 271, 279, 297,
299, 311, 312, 319, 328, 329 e 339/13, os Projetos de Lei do Executivo nos
037 e 040/13; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
011/13, os Projetos de Lei do Legislativo nos 195, 296 e 326/13,
este discutido pelo vereador Valter Nagelstein, os Projetos de Lei do Executivo
nos 006 e 035/13. Durante a Sessão, os vereadores Mauro Pinheiro e
Idenir Cecchim e a vereadora Fernanda Melchionna manifestaram-se acerca de
assuntos diversos. Às dezoito horas e nove minutos, constatada a inexistência
de quórum, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos vereadores Dr. Thiago, Bernardino Vendruscolo e Waldir Canal e
secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º
Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Vereadoras, Vereadores, prezada Ver.ª
Fernanda Melchionna, que esteve comigo recebendo esta denúncia, nós temos uma
situação muito grave, Ver. Clàudio Janta, sindicalista importante deste Estado,
que é do Sindicato dos Aeroviários. Esse sindicato, Ver. Janta...
(Aparte antirregimental do Ver. Clàudio Janta.)
O SR. PEDRO
RUAS: Pois a denúncia, Ver. Janta, Vereadores e Vereadoras, é muito séria. Em
vários momentos, o Sindicato dos Aeroviários encaminhou problemas gravíssimos
para a antiga Delegacia Regional do Trabalho, hoje conhecida como
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE. Numa delas, o sindicato
denunciava que a empresa VIT Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos não
mantinha, na atividade de rampa, as condições necessárias, legais e urgentes
para a segurança dos trabalhadores. Nada foi feito, nada foi vistoriado, meu
caro Ver. Maroni.
Pouco depois, de novo, o sindicato se dirige à SRTE
e denuncia que, na área do aeroporto, por conta da empresa TAP Brasil, há um
vazamento de grande quantidade, mais de 2 mil litros de combustível, que
intoxicou um trabalhador e aqueles que foram lá fazer, sem equipamento de
proteção, a limpeza da área. E, novamente, Ver. Janta, Ver.ª Fernanda, a SRTE –
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego nada fez, sequer compareceu ao
local. Por fim, uma trabalhadora jovem, de nome Rosane Grassi, numa escada que
não tinha o chamado equipamento de guarda-corpo para eventual queda, que não
tinha antiderrapante nos degraus, essa trabalhadora cai e tem um traumatismo
craniano gravíssimo, ficando em coma por semanas, e, neste momento, continua
com sequelas. E, de novo, a Superintendência Regional do Trabalho, recebida a
denúncia, não foi ao local. Hoje a imprensa do Brasil inteiro denuncia
episódios de corrupção aqui na SRTE no Ministério do Trabalho, mais
particularmente aqui na sua seccional gaúcha. Aqui, por pouco, não foi
recolhido ao presídio o próprio superintendente regional do trabalho.
Então, são fatos gravíssimos, onde, por óbvio,
existe alguma coisa por trás que justifica, no mau sentido da expressão, a
ausência dos fiscais do trabalho na área do aeroporto, solicitada
reiteradamente pelo Sindicato dos Aeroviários, com episódios muito graves,
inclusive um acidente com traumatismo craniano de uma jovem trabalhadora, aqui,
na nossa Cidade, em Porto Alegre. Eu acho, Ver.ª Melchionna, que esteve comigo,
que ouviu esses relatos, Vereadores, Vereadoras, especialmente, Ver. Janta, com
vida sindical intensa, que nós não podemos conviver com isso, que nós não
podemos conviver com esta falta de fiscalização que a própria imprensa diz que
é uma falta de fiscalização motivada por propina. Em muitos casos, houve
liberação de áreas, segundo a Polícia Federal, por conta de propinas pagas. A imprensa
disse – eu agora não me recordo – até o nome da empresa que recebia essas
propinas e repassava depois. Pois aqui nós temos um sindicato histórico no
Estado, um dos mais importantes do Brasil, porque, no setor aeroviário, Ver.
Ferronato, esse sindicato aqui é de ponta, conhecido e reconhecido como uma
entidade lutadora importante, pois, com todas essas denúncias, com todos os
acidentes, com tudo o que aconteceu, não esteve lá a Superintendência Regional
do Trabalho. Ora! Para nós, advogados, sindicalistas, trabalhadores,
representantes dos trabalhadores, é motivo de muita vergonha que justamente a
seccional do Ministério do Trabalho do nosso Estado tenha tamanho grau de
omissão e de cumplicidade com empresas fraudulentas, prejudicando gravemente os
trabalhadores e as trabalhadoras. Pior que isso, por pouco, essa trabalhadora
chamada Rosane Grassi não perdeu a
vida. Por muito pouco! Por 48 horas, esteve entre a vida e a morte. Quase foi
declarada morte cerebral. E nem assim a fiscalização da SRTE se fez presente,
em toda a área do aeroporto, no seu entorno, na área que pertenceu à Varig.
Nós vivemos, Sr. Presidente, um momento muito
grave, um momento que deixa todos nós perplexos e indignados. Todos nós temos a
obrigação de denunciar o que está ocorrendo. É mais grave do que houve até
agora o noticiamento via imprensa estadual, é muito sério o que está ocorrendo.
Isso nos chegou. Imaginem V. Exas. o que ainda não chegou de denúncia aqui,
Ver. Paulinho Motorista. É muito grave o momento que nós estamos vivendo, e
nós, da Bancada do PSOL – falo aqui em meu nome e em nome da Ver.ª Fernanda
Melchionna –, estamos fazendo, num primeiro momento, Presidente, uma denúncia,
mas, num segundo, exigindo que haja providências em relação à Superintendência
Regional do Trabalho, que sejam identificados os responsáveis por mais essa
omissão, que as punições ocorram e que as explicações aconteçam. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Vereador-Presidente, Dr. Thiago Duarte; senhores e senhoras; Vereadores,
Vereadoras; Engº Comassetto; Ver. Kopittke, acho que hoje é um dia muito
importante. Hoje, daqui a algumas horas, o Ministério Público do Meio Ambiente,
junto com a Fepam e junto com o DMAE, vai construir uma solução para os
equívocos e o problema instalado nesta Cidade com relação ao Pisa – Programa
Integrado Socioambiental.
Nós vimos o debate que está nos meios de
comunicações e o impasse em que a Fepam vinha dizendo que o Município de Porto
Alegre, através de seu órgão, o DMAE, realizou a obra a despeito do
licenciamento emitido pelo órgão ambiental. Eu vou repetir: o licenciamento
emitido pelo órgão responsável pela preservação do Meio Ambiente, responsável
pelo Guaíba, não autorizava vários ajustes do Programa Integrado Sociombiental.
O DMAE fez, por exemplo, toda a canalização, Ver. Engº Comassetto, dentro da
água, quando o licenciamento determinava canos enterrados, com altos riscos de
contaminação do Guaíba, com dificuldades de correção, de contenção, etc. O
DMAE, no final do ano passado, foi multado pela Fepam em R$ 235 mil em função
de não cumprimento de licenciamento. Três medidas para um programa
importantíssimo para a cidade de Porto Alegre elaborado minuciosamente durante
as Administrações Populares. As três frentes – a coleta, o tratamento e o
lançamento deste material tratado –, todas elas tiveram modificações pelos
Governos Fogaça-Fortunati.
Mas o tema do impasse – e aí eu já dei um exemplo e
dei as razões da multa – e o redimensionamento e o atraso de oito anos –, o
tema do impasse, que é o emissário, Ver. Engº Comassetto, o primeiro
licenciamento determinava 4,5 quilômetros da margem do Guaíba para o Centro do
Guaíba indicando a colocação ou a expulsão do resíduo pós-tratamento, para
exatamente na linha do canal de navegação.
Em 2008, por pressão, por discussão, a Fepam acabou
autorizando que fosse apenas 2,6 quilômetros, o que era, inicialmente, 4,5, por
insistência do DMAE. E quem olha o mapa vê que os 2,6 pelo menos encaminham – e
na diagonal, não é reto em direção ao meio do Guaíba – para a saída da grande
enseada do bairro Ponta Grossa, do bairro Ipanema, da Zona Sul ali.
Em 2008, senhores, foi autorizado 2,5, depois que o
DMAE já havia descumprido. O que faz o DMAE? Faz uma obra de engenharia, faz um
emissário de 1,6 quilômetro, e não é na diagonal, é em linha reta, ETA
Serraria, em linha reta para dentro do Guaíba. No meio da enseada da Praia de
Ipanema, do bairro Guarujá, do bairro Espírito Santo, Ver. Engenheiro
Comassetto, que deve conhecer bem o tema. Desde então, a Fepam vem
questionando, alertando e multando. E o DMAE contratando assessoria do Rio para
bancar e para dizer que fez certo. Não cumpriu o licenciamento e fez correto. O
tema foi parar no meio ambiente, porque é muito fácil dizer: olha, os órgãos
responsáveis pelo meio ambiente só gostam de emperrar as obras. E é muito fácil
dizer, por outro lado: olha lá, licenciam de forma criminosa. Está no
Ministério Público. O resultado disso é que hoje será construída uma série de
medidas; a Fepam não licenciará, e o Ministério Público, para não ter mais
prejuízo para esta Cidade, porque a obra de engenharia está praticamente
pronta, vai construir uma série de medidas, fazer a Prefeitura assinar um TAC,
com grande responsabilidade pessoal do Sr. Presser, mas com grande possível
risco para a Zona Sul de Porto Alegre, uma praia bonita como Ipanema ia ser
infectada pela irresponsabilidade e arrogância, lamentavelmente, do nosso
Diretor do DMAE, portanto, respaldado pelo Governo Municipal. É muito triste
ver isso. Eu espero que a gente possa, como população e como Câmara, fiscalizar
o que vai acontecer daqui para adiante, que o prejuízo já foi provocado para a
cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, senhoras e senhores Vereadores,
gostaria de dizer aos Vereadores que me antecederam, especialmente ao Ver.
Pedro Ruas, que um dos grandes males desta Nação é o que estamos vendo hoje,
quando um parlamentar participa de uma eleição, é eleito Vereador, Deputado
Federal ou Estadual e depois vai exercer o comando de uma secretaria ou de um
departamento e, na grande maioria das vezes, não tem conhecimento técnico para
o assunto! Os governos preocupados... E nós temos um marco, que foi a cassação
do Fernando Collor de Melo, que, a partir daí, todos os governos dos Municípios,
dos Estados e da União procuram a qualquer preço, a qualquer custo, comporem as
bases dos seus governos. Aí entram todos; basta terem mandatos. E assim vão se
acomodando em troca de assumirem secretarias, departamentos... A condição
técnica é irrelevante, não é nem questionada. Aqui na Capital, em outra cidade,
enfim, em todos os lugares é assim! Por que nós, que temos o poder de mudar a
Legislação, ainda que a Câmara de Vereadores tenha limitações, mas a Lei
Orgânica é da nossa competência mudar, sim! Por que não enfrentamos isso? Eu já
falei isso da tribuna! Por que nós, Vereadores, não fazemos esse enfrentamento?
Vamos mudar a nossa Lei Orgânica! Por exemplo: aquele que se licenciar por mais
de seis meses, não interessa o motivo, não interessa o assunto, perde o
mandato. E aí, tem parceiro na Casa? Tem parceiro? Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, após um ano e dois meses, finalmente,
hoje iremos votar o projeto que dá uma oportunidade aos proprietários de
construções inacabadas do Centro Histórico, cujos projetos estejam aprovados
desde 30 de dezembro de 1999, antes dessa data, no Centro Histórico. O Governo
Municipal enviou esse projeto permitindo que eles tenham o direito de usar o
índice construtivo da época da aprovação, desde que se adéquem ao Código de
Incêndio, de Acessibilidade e de Edificações. Porém, cometeu um equívoco político,
listando alguns prédios inacabados. Isso, politicamente, não é devido. Para
evitar isso, o Ver. Bernardino incluiu um Substitutivo que, lamentavelmente,
segunda-feira não foi aprovado. Hoje, então, deveremos votar o Projeto do
Governo, com algumas emendas, algumas favoráveis, outras contrárias, mas
finalmente deveremos votar esse projeto para acabar com esses prédios
inacabados no Centro Histórico, que estão enfeando a Cidade, que estão trazendo
inúmeras dificuldades. Tivemos uma contestação de alguns moradores de um
edifício do Centro da nossa Cidade, que julgaram alguns, que uma construção
próxima iria trazer prejuízo ao Museu Júlio de Castilhos. Encaminharam o
processo, Ver. Tarciso, ao Ministério Público, que chamou o empreendedor, fez
um Termo de Ajustamento de Conduta e liberou a construção. Ao mesmo tempo, Ver.
Pujol, o Secretário Estadual da Cultura apresentou uma declaração de que aquela
construção próxima ao Museu ou ao lado do Museu não prejudicaria o próprio
Museu. Esta Casa realizou, Ver.ª Mônica Leal, uma audiência pública, uma
tribuna popular, e o Ver. Delegado, Cleiton, presidente da Comissão de
Urbanização, Transporte e Habitação, realizou uma visita a esse terreno, a
estas obras inacabadas, e depois ainda realizou, Ver.ª Luiza Neves, uma sessão
da sua Comissão, de abertura de diálogo com a Secretaria de Urbanismo. Veio o
empreendedor, veio o enviado do senhor Secretário e abriram um diálogo: há uma
possibilidade, desde que não prejudique o Projeto, de o empreendedor recuar a
sua obra, para então deixar mais luminosidade, mais visibilidade ao Museu Júlio
de Castilhos. Tudo isso foi feito por esta Casa, por esses Vereadores, que,
vendo as dificuldades, procuraram minimizar o assunto.
Então, quero dizer que o Governo tem interesse em
aprovar esse Projeto que vamos votar daqui a pouco. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Caros colegas, muito boa-tarde a todos, a
todas, Presidente Dr. Thiago, agradeço os colegas da oposição, PT, PCdoB, PSOL,
pelo espaço. Eu venho aqui trazer um tema do interesse de todos. É um assunto
da mais alta importância e que não é uma denúncia, mas um pedido de esforços
conjuntos aqui. Ver. Airto Ferronato, peço-lhe licença para nominá-lo como
Liderança do Governo, mas eu peço essa interlocução para todos os Vereadores da
base do Governo, especialmente àqueles que tratam, e eu sei que temos vários
aqui que tratam a sua atuação no tema da violência, da segurança pública. Eu
tenho me dedicado à questão dos roubos de carro, especificamente à lei dos
desmanches, que tem saído do papel, nos últimos meses, através do esforço do
Detran, dos servidores do Detran, que estruturaram um sistema e que cadastram
ali os chamados desmanches de carros ou lojas de revenda de peças. Mas nessa
busca para tentar entender como a lei está sendo implementada aqui no Estado,
eu encontrei uma lacuna e vamos precisar do apoio do Governo porque o assunto
está emperrado hoje na Prefeitura, que é a regulação dessas lojas, desses
desmanches em Porto Alegre. Sem o Alvará da Prefeitura, não há como cadastrar
nenhuma das 120 empresas que trabalham com peças usadas em Porto Alegre.
Nenhuma delas hoje tem licença ambiental. Todos esses processos se encontram
hoje na Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Se nós não resolvermos esse
impasse, não há como implementar a lei dos desmanches aqui na cidade de Porto
Alegre. Eu tenho me reunido com o Detran, tive reunião na SMIC com o Secretário
Goulart, que me recebeu, terei reunião com a Secretaria do Meio Ambiente, mas
estou aqui de forma bastante aberta, não fazendo uma denúncia, mas fazendo um
apelo para que a Administração Municipal faça uma força– tarefa entre a SMIC e
a SMAM para regularizar a situação dos desmanches e lojas de venda peças. Sem
isso, ex-Prefeito Villela, não há como darmos o próximo passo na Cidade. Temos,
pelo menos, 119 lojas pré-cadastradas, mas não tem como entrar no sistema
porque não possui o Alvará. Então, faço um apelo aqui, Ver. Pujol. Todos sabem
da gravidade do assunto de roubo de carros, um problema sério, que não é de
agora, é de longo prazo, que já vem crescendo ano a ano. Ontem, meu chefe de
gabinete sofreu esse problema e, graças ao atendimento da Brigada, o carro foi
recuperado. Mas são mais de 10 mil carros roubados, Ver. Brasinha – o senhor
trabalha num outro ramo, mas na área de carros –, esse é um número já de seis
anos atrás, que se mantém, infelizmente, alto. E, agora, a Prefeitura tem
condições de se engajar nessa ação. Por isso, eu faço aqui um apelo para que a
Prefeitura faça uma força-tarefa para regularizar as lojas de peças já usadas e
nos ferros-velhos e desmanches. Sem isso, não há como complementar a lei dos
desmanches em Porto Alegre, o que será um passo fundamental para nós
conseguirmos avançar no combate a esse grande crime, a qual, infelizmente, nós
estamos, hoje, à mercê.
Então, faço este
pedido de apoio aqui à Administração Municipal, porque já, há nove meses, se
tenta uma resposta e não se tem conseguido um retorno da Prefeitura. Enquanto
que, nas outras cidades do Estado, todas já estão cadastrando as lojas e
conseguindo avançar na integração do sistema. Então, é um tema que, num
primeiro momento, parece uma mera questão administrativa, mas se trata,
efetivamente, da implantação de uma política muito séria e que tem urgência de
ser implantada e que nós esperamos que a Prefeitura possa dar uma resposta com
a urgência que o assunto requer.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Mônica
Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver.
Dr. Thiago; Vereadores e Vereadoras; todos que nos assistem através da
TVCâmara; público presente que nos prestigia com a sua atenção, eu, mais uma
vez, ocupo esta tribuna, como já é de praxe, sobre a segurança pública.
Enquanto o Estado do
Rio Grande do Sul acende um alerta na questão da segurança, principalmente
Porto Alegre, mortes em alta, não sou eu que estou dizendo, está aqui no jornal
para quem quiser ver: jornal Zero Hora, do dia 5 de novembro, pág. 38. (Mostra
o jornal.) Temos também um editorial: “O País da Insegurança”, no jornal de
segunda-feira, 4 de novembro. E por aí afora, em todos os veículos de mídia
escrita, falada. Nós sabemos que os registros são diários sobre o aumento da
falta de segurança, principalmente na cidade de Porto Alegre. Não tem mais dia,
nem hora, nem bairro.
Muito bem, eu sempre
venho aqui e digo a mesma coisa, não é? Nós estamos vivendo um sentimento que é
comum a todos, desde o grande empresário até o peão lá da mais longínqua cidade
do Rio Grande do Sul, que é o do medo da violência. Mas por que eu faço questão
de pegar este mote da segurança de novo? Por quê? Com tudo isso, eu escuto no
rádio, leio no jornal Correio do Povo a entrevista do maior mandatário deste
Estado, que é o Governador Tarso Genro, com o qual, já deixo claro, tenho um
bom relacionamento, mas cuja declaração me deixou extremamente surpresa: “Tarso
revela posição flexível sobre drogas”. Vou ler para vocês (Lê.): “Se ajudar no
combate às drogas, Tarso admite que usuário plante sua maconha”, jornal Correio
do Povo. “O Governador Tarso Genro afirmou ontem à Rádio Guaíba que a liberação
do plantio caseiro de maconha pode representar uma alternativa no combate ao
tráfico de drogas.”
Ora, é extremamente
preocupante uma declaração dessas. Por quê? Ignorar o embasamento científico
sobre o uso de maconha, quando se diz que não é prejudicial, como na íntegra os
senhores poderão conferir – ela é extensa –, não é admissível. Nós temos que
deixar isso a cargo dos especialistas, dos médicos. E aí eu puxo o contraponto,
a entrevista de um médico, o Deputado Federal Osmar Terra, do PMDB: “Osmar
Terra (PMDB) se diz preocupado com a possibilidade de alteração da política
antidrogas uruguaia. Segundo Terra, o Rio Grande do Sul seria o grande
prejudicado com a liberação do plantio e consumo de drogas”. Aí, ele vai
falando sobre essa questão do governo uruguaio. Esse diálogo todo saiu em
função do Uruguai, que se posiciona na questão da liberação da maconha.
Então, venho a esta
tribuna não só fazer este pronunciamento preocupado, mas fazer um apelo ao
Governador do Rio Grande do Sul. Num momento em que nós vivemos uma violência
que tira vidas, que, como sabemos, a todo o momento, destrói famílias, esse
tipo de diálogo, de declaração do Governador é uma verdadeira temeridade.
Realmente é preocupante e, como diz aquele ditado, não basta dizer a um homem
público que ele é honesto, faz isso ou aquilo; como diz a mulher de César, tem
que provar. O nosso Governador do Estado não poderia, de maneira alguma, não
deve, neste momento, quando a violência está crescendo, dar esse tipo de
declaração.
Eu, como Vereadora de
Porto Alegre, como cidadã, como mãe, como irmã, fiquei extremamente preocupada
com a colocação do Governador Tarso Genro quando declarou sua posição em
relação às drogas no mundo, no Uruguai, no País, e aqui no Rio Grande do Sul.
Muito obrigada.
(Revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Any
Ortiz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. ANY ORTIZ: Muito boa-tarde,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu ocupo a tribuna hoje para fazer um
convite a todos vocês porque, na próxima sexta-feira, começamos um curso, na
Escola do Legislativo Julieta Battistioli, uma parceria com a Fundação do
Ministério Público e Câmara Municipal de Porto Alegre, sobre atividades
parlamentares, que se estende a todos os Vereadores que tenham interesse em
fazer e a todos os assessores. Quero ressaltar aqui a importância de
qualificarmos o trabalho desta Câmara para que possamos ter uma assessoria
capacitada e que possamos, também, exercer a nossa função como legisladores da
melhor maneira possível. As inscrições para o curso vão até amanhã, dia 07; e a
carga horária de 16 horas será dividida em dois módulos: o primeiro módulo, dia
08, na sexta-feira, das 9h às 12h30min e das 13h30min às 18h; o próximo módulo,
de 8 horas, será realizado no dia 22 de novembro. Os professores que
ministrarão o curso serão o Dr. Cesar Luís de Araújo Faccioli e o professor
Pedro Henrique Poli Figueiredo. Estendo o convite a
todos e faço um apelo aos meus colegas para que participem também, vou estar
presente, fiz questão de me inscrever, vou participar não só como Presidente da
Escola, mas também para me capacitar. Acho que a gente tem que estar pensando
em qualificar o nosso trabalho cada vez mais e nos qualificarmos perante aquilo
que a gente se dispôs a fazer, que é batalhar e estar aqui no Parlamento da
nossa Cidade. Indiquem assessores para fazer o curso a fim de poder qualificar
cada vez mais o Gabinete e o trabalho de cada um dos senhores. O convite fica
aberto a todos, e as inscrições são até amanhã. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero pedir um
minuto de atenção de todos os Vereadores para ressaltar o que a Ver.ª Any
acabou de dizer: esse curso é extremamente importante, eu me inscrevi e também
vou fazê-lo. Esse curso é uma parceria com a Fundação do Ministério Público, os
dois Promotores que vêm dar o curso, Dr. Facciolo, no que se refere à
improbidade administrativa, é um dos maiores conhecedores dessa área e, sem
dúvida nenhuma, vai nos auxiliar bastante nos nossos trabalhos legislativos. O
que a Ver.ª Any acabou de mencionar vem ao encontro do que disse o Ver.
Bernardino e com o pensamento de diversos Vereadores, que é a qualificação.
Estão convidados os Vereadores e, na sua ausência, os chefes de Gabinete, os
assessores de nível superior da Casa também podem participar dessa atividade.
Vão ser dois dias, são módulos enxutos e, a partir daí, a ideia é ter um case para efetivamente poder estimular a
qualificação nos Legislativos.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 15h2min): Havendo quórum, passamos à Ordem do Dia.
Utilizando a frase do Ver. Bernardino Vendruscolo, “que a paz esteja entre nós”, voltamos com as emendas destacadas ao PLE nº 038/12, já que o Substitutivo foi rejeitado.
VOTAÇÃO
(encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 2156/12 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 038/12, que
estabelece incentivo para adequação e conclusão de prédios inacabados no Centro
Histórico, visando sua reinserção na estrutura urbana da cidade. Com Emendas nos 01, 03 e 05 a 08
ao Projeto.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto, da Emenda nº 03 ao Projeto, do
Substitutivo nº 01 e das Emendas nos 01, 02 e 03 ao Substitutivo nº
01; e pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação das
Emenda nos 01 e 05 ao Projeto e da Emenda nº 04 ao Substitutivo nº
01.
Observações:
- retiradas de tramitação
as Emendas nos 02 e 04 ao Projeto;
- incluído na Ordem do Dia
em 19-08-13 por força do art. 81 da LOM;
- rejeitado o Substitutivo
nº 01, em 04-11-13.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o
PLE nº 038/12. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 038/12.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Thiago; vamos discutir o Projeto do Executivo e as
emendas, porque as emendas não foram destacadas. Então, devemos discutir todos
juntos. Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, a luta continua, e que bom que temos
a oportunidade de vir aqui debater, porque aqueles que saírem por aquela porta
e saírem com a consciência tranquila, vão dormir também com a consciência
tranquila. E é o que eu tenho feito aqui nesta Casa, ao menos tenho me
esforçado para isso. Não quer dizer que, de vez em quando, não cometa alguns
equívocos, porque só não comete equivoco quem não propõe nada. Aliás, esses são
bastante admirados até na sociedade. É muito comum, nós, às vezes, ouvirmos:
“Ah, o fulano é bom parlamentar, nunca se ouviu falar nada dele!” Claro, nunca
propôs nada, absolutamente nada, é um grande bajulador. Nós temos muitos desses
no Brasil inteiro. Quero dizer que aqui, nesta Casa, eu tenho feito elogios aos
meus colegas, ainda que a gente, seguidamente, debata aqui, mas nesta Casa, nós
podemos dizer que os Vereadores se movimentam.
Eu quero fazer uma
provocação: Líder do Governo, quantos Líderes do Governo têm aqui? Olhem aqui,
vou começar: prédio há 60 anos inacabado no Centro. (Mostra foto.) Eu pergunto,
o projeto atende a este prédio, ex-Prefeito Guilherme Socias Villela? Este aqui
não precisa de índice construtivo. (Mostra foto.) Este aqui é lá na Praça XV,
ele precisa de índice construtivo? (Mostra foto.) Vão levantar, vão aumentar a
altura? Olha aqui, vejam que provocação. (Mostra foto.) Para que serve o índice
construtivo? A garantia do índice construtivo da época... Por que entrou este
projeto? Claro que ele precisa ser concluído, não há dúvida. Eu reclamo disso
pelo menos há oito ou nove anos! Mas por que ele entrou? Eu tenho dúvidas, ele
já está no seu limite, ele precisa ser concluído! Mas para que ele precisa? Que
tipo de benefício, se o benefício que está sendo oferecido é índice
construtivo? Alguém poderia me ajudar? Eu tenho limitações, sou um ser humano.
Por que eu tentei estender esse projeto para os bairros? Aqui, sim, também, no
meio do Jardim Leopoldina. Olha só aqui. Olha aí! (Mostra o jornal.) Olha que
judiaria lá no meio do Jardim Leopoldina. Por isso eu defendi esse Projeto para
toda a Cidade. Agora é o seguinte: eu vou ler algumas emendas. A Emenda nº 03
diz o seguinte – observem, eu tenho dificuldade de entender (Lê): “Parágrafo
Único – Poderá ser requerido o pedido de adequação de projeto arquitetônico até
um ano após a publicação desta lei, devendo a obra ser reiniciada no prazo
máximo de 180 dias... Até aí eu concordo, mas vejam o que vem depois: ...após a
aprovação do projeto e licenciamento da obra junto ao Município.”
Olha, gente, eu não
posso duvidar dos meus amigos que estão lá, mas não pensem que eu estou
dormindo aqui, não, porque nós já vimos aí muitas parcerias em muitas
Secretarias. Então é só atrasar um pouquinho lá e está resolvido.
Outra emenda diz que
o início da obra e conclusão da mesma, na impossibilidade de cumprimento
mediante justificativa fundamentada, poderá ser objeto de revisão mediante
firmatura de termo de ajustamento de conduta, não sei o quê. Gente, eu sei que
o Poder Público tem que ficar com... Nós temos que confiar no Poder Público,
não há dúvida disso, mas tem um outro problema: o que é dito lá na mídia. E aí
um prezado jornalista me liga dizendo que eu sou intransigente – mas é claro,
ele está baseado no jornal lá. Olha aqui o que diz o jornal de hoje: “A
diretora técnica da SMURB garante o empreendimento da lei sem exceções.” O que
ela quer dizer com isso? Porque lá no outro diz o seguinte: “O Executivo garante estar
aberto a um acordo”. Que acordo? Está aqui, no jornal Diário Gaúcho: “O
Executivo está aberto a um acordo, a Lei é para os que estão inacabados, não
apenas seis”. Gente, por favor! Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr. Presidente, quero fazer a entrega de um Requerimento, já
protocolado, nos seguintes termos (Lê): “O Vereador que subscreve solicita que
seja convidada para comparecer nesta Casa, da SEDA – Secretaria Especial
Direitos dos Animais, a Secretária Regina Becker, com o objetivo de esclarecer
notícias publicadas na imprensa local, dando conta de que a Secretária da SEDA
foi a componente do primeiro escalão do Governo Municipal que mais gastou em despesa
de viagens, durante o ano de 2013, tendo gastado R$ 25.007,00, até o momento”.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 038/12.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
não há dúvida nenhuma de que o projeto que vamos votar, no dia de hoje, é um
bom projeto. Não há, também, a menor dúvida, de que este projeto poderia ter se
transformado em um projeto melhor ainda, se houvesse o acolhimento das emendas
que se propôs ao mesmo, especialmente, sob o comando da emenda maior, que era a
emenda substitutiva, apresentada pelo Ver. Vendruscolo.
Eu disse ao Ver. Vendruscolo, no dia da votação,
até para amenizar o clima tenso que se encontrava, que há alguns projetos que,
quando logramos aprová-los, são bons, mas que ficam melhores ainda quando a
gente não consegue aprová-los, porque fica como uma contribuição, inclusive,
para que no futuro se avaliem determinadas situações. Eu, com toda a certeza,
vou votar favoravelmente ao projeto do Executivo, porque acredito que, no
objetivo central, que é iniciar um combate efetivo para a superação desse
quadro trágico que a cena urbana nos mostra com os esqueletos dos prédios
inacabados, vale esse projeto como um primeiro e importante passo para o
enfrentamento do problema, na medida em que se fixa no Centro Histórico de
Porto Alegre e elenca cinco referências específicas, quatro das quais
indiscutivelmente ajustadas à necessidade da transformação que nós pretendemos
que se alcance com a conclusão do prédio hoje inacabado. É evidente que eu
estou dizendo, com toda a clareza, que é um bom início para um bom combate, que
deveria se estender além dos limites do Centro Histórico de Porto Alegre. Todos
sabem que o limite é a 1ª Perimetral e que, se for, literalmente, examinado, um
dos lados da 1ª Perimetral se encontra dentro do Centro Histórico, e o outro
fora. Então há o risco de que, entre prédios vizinhos, em situações iguais, um
mereça um tratamento e outro não. Mas não dá para chorar o leite derramado,
porque as coisas que já aconteceram, aconteceram. Nós precisamos cuidar das
coisas que ainda não aconteceram, e o que não aconteceu de forma conclusiva foi
o deslinde desse projeto. Então eu não cometerei – nem eu e nem aqueles sete
que acompanharam o Ver. Bernardino Vendruscolo – nenhuma incoerência ao votar
favoravelmente ao projeto. Eu preciso saber se todos aqueles que foram
contrários vão, agora, novamente, votar a favor do projeto que, na Sessão
anterior, foi declarado como sendo suficientemente satisfatório para que os
seus objetivos fossem alcançados. Todos aqueles que entendem que é limitação
exclusiva, Ver. Cecchim, ao Centro Histórico, que eram suficientes, têm
oportunidade, agora e já, de liquidar com o assunto, votar a favor do projeto.
Eu vou olhar com muito zelo as emendas, provavelmente, até reproduzindo e
aceitando, e nos homens mais sábios do mundo – e eu não tenho a pretensão de me
incluir entre eles, mas num gesto de sabedoria – vou me inspirar no
comportamento que teve a Casa...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: ...vou me inspirar
no bom exemplo que a Casa deu, que, às vezes, no meu entendimento de forma contraditória,
aprovou algumas emendas e, logo em seguida, desaprovou essas mesmas emendas,
aprovando o outras exatamente em sentido contrário. Vou olhar, minuciosamente,
as emendas, com as quais não tenho compromisso com nenhuma delas, nem a favor,
nem contra; o meu compromisso agora é comigo mesmo, e o meu bom-senso indica o
seguinte: vou e espero que a Casa também o faça aprovar, hoje, o projeto do
Executivo. Até, se for possível, Ver. Brasinha, sem nenhum puxadinho, o projeto
na sua íntegra, porque todos disseram que ele era bom, eu achava que ele podia
ser melhor, mas não vou me contentar com o bom e não vou ficar chorando a perda
do melhor. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 038/12.
O SR. ALCEU
BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago Duarte; Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, eu venho a esta tribuna também, Ver. Reginaldo Pujol, por achar
importante este projeto. Eu até nem ia falar, mas venho falar bem rapidamente,
porque eu acho que as pessoas já esperaram muito por este projeto e não
aguentam mais tantos discursos. Então, eu quero dizer para os senhores que,
realmente, eu acho que o projeto tem que ser aprovado na íntegra, sem
puxadinho, sem gambiarra. O projeto foi bem estudado, o Executivo estudou, fez, mandou para cá, chegou aqui, e nós enchemos de emendas. Claro, todos
os Vereadores têm o direito de apresentar emendas, mas eu sou contra as
emendas, é muito difícil eu apresentar uma emenda.
Eu quero dizer o
quanto é importante este projeto. Realmente, Ver. Comassetto, hoje será o
grande dia de aprovarmos este projeto sem ninguém mais discutir, dando
oportunidade de esse cidadão já começar a dar emprego e movimentar a Cidade,
isso é importante, porque a Copa do Mundo está chegando aí, e nós não podemos
parar só por causa de um projeto.
Então, senhores, eu
vou votar “sim” ao projeto, e, se Deus quiser, o aprovaremos imediatamente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 038/12.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste através da TVCâmara e que
nos ouve através da nossa Rádio Web. Eu perdi um dos momentos mais marcantes
desta Câmara de Vereadores, na segunda-feira passada, quando o Bernardino
Vendruscolo, Vereador desta Casa, Líder do PROS, veio à tribuna, após a sua
emenda ter sido derrotada, para falar sobre a sua emenda, sobre este projeto,
sobre o acordo que tinha sido firmado nesta Casa. Eu fui procurado no meu
gabinete, e disseram que o Projeto de Lei dos prédios inacabados era para toda
a cidade de Porto Alegre, para todos os prédios em Porto Alegre. E, para a
minha surpresa, isso não ocorreu; para a minha surpresa nós continuamos
beneficiando meia dúzia de endereços. Para minha surpresa, nós vamos permitir, por
exemplo, que prédios inacabados ao lado da sede da Força Sindical continuem
existindo. Nós vamos permitir que vários prédios inacabados no Centro de Porto
Alegre continuem existindo. Nós vamos permitir que vários prédios inacabados em
várias regiões de Porto Alegre continuem existindo.
E, para minha surpresa, ainda ontem eu estava
assistindo à Comissão de Saúde, presidida pelo Ver. Paulo Brum, em que a
comunidade da Vila Jardim reivindica uma unidade básica de saúde que o Hospital
Cristo Redentor e o Conceição vão fazer, e o Governo, lá representado pela
Secretaria de Urbanismo, disse que teria que fazer um levantamento da área para
ver se lá perto não existiam prédios históricos. Para construir um posto de
saúde, há o empecilho de um prédio histórico! E nós, da Câmara de Vereadores,
queremos aprovar um benefício somente para quatro endereços? E o resto da
Cidade continua com seus prédios inacabados? O resto da Cidade continua
entregue aos pombos, aos ratos, aos invasores? Acho que este crime esta Casa
não pode fazer!
A Constituição é clara: a lei é igual para todos!
Se nós vamos resolver o problema dos prédios inacabados, nós vamos resolver o
problema de todos os prédios inacabados de Porto Alegre! Se nós vamos resolver
o problema dos prédios inacabados do Centro, nós vamos resolver o problema de
todos os prédios inacabados do Centro! Não de um ou dois ou três ou quatro,
como diz o projeto. Porque o projeto, o que foi pedido para nós darmos acordo,
para votarmos a favor, era sobre a emenda do Ver. Bernardino e seria para todos
os prédios inacabados. O que se viu no decorrer das ondas que ocorrem nesta
Casa... O Ver. Nereu D’Avila disse que este plenário realmente é um ser vivo,
ele muda tudo, eu já tenho sentido isso na pele, coisas que a gente acerta em
reuniões de líderes, chega aqui no plenário e, misteriosamente, as coisas são
mudadas. Mas o que tinha sido acordado é que nós íamos votar um projeto de lei
beneficiando a população de Porto Alegre; nós íamos votar um projeto de lei
beneficiando a estética de Porto Alegre, incluindo todos os prédios inacabados,
não um projeto de lei beneficiando somente quatro endereços, isso é
inconstitucional. Isso não é o princípio da nossa Constituição, que diz que
todos somos iguais perante a Deus e perante aos cidadãos. Nós não podemos votar
um projeto desses que beneficia somente quatro endereços. Nós temos que votar
um projeto que beneficie a cidade de Porto Alegre como um todo. Então, por
isso, o Solidariedade encaminha para votar contra este projeto, que não é o que
foi acordado conosco, que seria toda a cidade de Porto Alegre e,
principalmente, todo o Centro de Porto Alegre e nos prédios inacabados.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 038/12.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu vou responder logo ao Ver. Clàudio
Janta, mas o que eu quero dizer é o seguinte: nós estamos votando o projeto de
interesse do Governo em acabar com os prédios inacabados no Centro Histórico de
Porto Alegre. Lamentavelmente, segunda-feira, nós não aprovamos o substitutivo
do Ver. Bernardino Vendruscolo. Ver. Clàudio Janta, na segunda-feira, nós
aprovamos a emenda do Ver. Reginaldo Pujol, a qual passava para toda a Cidade,
a partir do ano que vem – nós aprovamos aqui. No final, o plenário não aprovou
o substitutivo, mas aprovamos a emenda, sim, do Ver. Reginaldo Pujol, atendendo
aos reclames do Ver. Bernardino Vendruscolo, que, desde o início, foi a favor
para beneficiar toda a Cidade. Eu também estou de acordo em beneficiar toda a
Cidade. No entanto, o plenário desta Casa não aprovou, eu lamento, mas nós
aprovamos a emenda e o substitutivo não foi aprovado.
Então, eu quero dizer o seguinte: nós temos algumas
emendas; a Emenda nº 01, do Ver. Bernardino, tem o mérito de retirar essa
relação. Não são quatro projetos, Ver. Janta, nós retiramos toda essa relação,
que foi enviada por esta Casa com equívoco. Aqueles que se julgarem com o
direito, desde que requeiram e adequem o projeto à Lei de Acessibilidade, ao
Código de Incêndio e ao Código de Edificações, têm o direito de utilizar somente
o índice construtivo anterior a 1999, só para os prédios bem antigos. Aquele do
Ver. Bernardino, que locou, será beneficiado, sim, porque há uma emenda – se
não estou enganado, do Ver. Cassio Trogildo – que permite a desapropriação do
imóvel e também a arrecadação. O Ver. Cassio diz que não é emenda dele, mas
deve ser uma outra emenda que permite a arrecadação do imóvel em caso de não
pagar os impostos, ou a desapropriação. E atingirá aquele esqueleto da Rua
Marechal Floriano.
A Emenda nº 03, de autoria do Ver. Idenir Cecchim,
Paulo Brum e deste Vereador, corrige vários detalhes.
A Emenda nº 06 também corrige vários detalhes e
depois tem uma emenda da Ver.ª Sofia Cavedon, que exige o Estudo de Impacto de
Vizinhança, que não existe ainda no Município.
Então, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, o
Executivo enviou este projeto para dar uma chance a esses prédios inacabados.
Sobre o diálogo, Vereador, efetivamente, o Ver. Delegado Cleiton formalizou o
diálogo entre a Prefeitura e os
empreendedores na sua Comissão, justamente para ver se podem fazer pequenas
adequações aos projetos já aprovados, desde que não prejudiquem os seus
projetos.
A Comissão de Moradores do Centro se reuniu, lá na
CUTHAB, e foi aberto o diálogo com a Secretaria Municipal de Urbanismo.
Senhoras e senhores, tudo está adequadamente
encaminhado. Peço, então, a aprovação das Emendas nos 3, 6 e 8, que
são as emendas aprovadas pelo nosso Executivo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Ver. Bernardino, comunico que já está aqui a
listagem da votação do seu substitutivo, solicitada por Vossa Excelência.
Comunico que aulas expositivas de Libras estarão
sendo ministradas no estande da Câmara da Feira do Livro, uma ação da Frente em
Defesa de Direitos das Pessoas com Deficiência. Parabéns.
A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 038/12.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras,
na verdade, venho trazer a posição da Bancada do PSOL. Nós, obviamente, votamos
contra o substitutivo e, mais uma vez, vamos acabar com duas falsas polêmicas
que estão sendo criadas pelo Governo, por um lado, mesmo já no envio do
projeto, e por várias intervenções que se sucederam. Primeiro, os prédios
inacabados do Centro e todo o argumento do projeto de que esses esqueletos
pudessem ser concluídos, esse discurso é uma verdadeira falácia, porque,
segundo o art. 159 do Plano Diretor atual, poderiam requerer o Regime
Urbanístico anterior ao Plano Diretor em 1999 aqueles empreendimentos que já
tinham a fundação. Portanto, aqueles prédios, independente de quais prédios nós
estamos falando, que já tivessem fundações previstas, feitas, iniciadas,
poderiam se valer do Plano Diretor atual e concluir a sua construção conforme o
padrão urbanístico vigente à época da aprovação do projeto nos órgãos técnicos
da Prefeitura. Ponto. Ponto. O problema é que há empreendedores – e
lamentavelmente com defesa de parlamentares e do Governo – que não têm sequer a
fundação e querem construir mais. E deixaram de construir. E, de fato, muitos
terrenos ficaram parados no Centro Histórico da nossa Cidade fazendo esse tipo
de pressão no sentido de que se mudasse a legislação vigente para maximizar o
lucro de alguns. Isso se chama especulação imobiliária: deixar parado, esperar
valorizar. Lamentavelmente com o aval, não só com o aval, mas com projetos de
lei do Poder Público. Porque, se a função social de uma propriedade não é
cumprida, o Poder Público poderia ter pedido desapropriação. Vinte anos parados
no Centro, sendo que poderiam, primeiro, aqueles que começaram a fundação
anteriormente à mudança do Plano Diretor, ter acabado com os padrões
urbanísticos anteriores; e os atuais com os padrões urbanísticos atuais, a
partir do novo Plano Diretor de 1999 e da revisão do Plano Diretor de 2009, que
diminui as alturas e que prevê um planejamento urbano que preserve as
características históricas e culturais do nosso Centro Histórico!
É simples, mas nós vemos argumentos que são
falaciosos, que são, na prática, incentivar a especulação imobiliária. Não só
pelos padrões urbanísticos que se multiplicam, porque ali na Av. Duque de
Caxias, por exemplo, poderia ter um prédio de seis andares e poderá ter um de
três andares, pela lei que está tramitando na Câmara – que eu espero que seja
derrotada. Inclusive aplaudi aqueles que ficaram sentados em cima dos projetos
para especular. Enquanto 50 mil pessoas não têm onde morar em Porto Alegre,
enquanto 700 comunidades ainda estão irregulares, enquanto 52 mil pessoas
esperam, no Minha Casa, Minha Vida, de zero a três salários mínimos, que
poderiam, com a desapropriação daqueles imóveis que não cumprem a função
social, ser alojadas no Centro da nossa Cidade. Então, eu quero desmontar esses
argumentos falaciosos. E mais: quero dizer que a Emenda nº 01 também é uma
grande falácia, porque suprime os quatro endereços para transformar o projeto
para todo o Centro Histórico que o projeto já via porque tem um artigo que diz
que qualquer empreendimento... Parágrafo 5º do artigo 5º: “imóveis que vierem a
requerer esse benefício que se enquadram no critério estabelecido pela lei”.
Então, nós queremos dizer que vamos votar
favoravelmente à Emenda da Ver.ª Sofia, que prevê o estudo de impacto de
vizinhança; acho que isso é uma grande conquista do Plano, e peço um segundo
para concluir, Presidente, a Emenda do Ver. Marcelo e, por fim, rejeitar todas
as outras emendas. Esperamos que a Câmara rejeite o Projeto. A especulação...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: ...aqueles que buscam especular buscando valorizar
os seus terrenos. Primeiro, a Câmara precisa rejeitar um projeto endereçado, e,
segundo, exigir o cumprimento da função social da propriedade, que, prevê na
Constituição Federal, essa questão, uma conquista da Constituição e que não só
não é cumprida pelos empreendedores e pela Prefeitura, que poderia exigir as
desapropriações, como, ao contrário, esse Projeto é um presente para aqueles
que especularam nos últimos anos.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver.
Idenir Cecchim está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 038/12.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, na última vez que
ocupei a tribuna, na quinta-feira, fiz um pedido para que se substituísse o
Substitutivo, tendo em vista que estava virando um verdadeiro Frankenstein. Eu
queria, Ver.ª Fernanda Melchionna, concordar com algumas partes de sua fala e
discordar de outras. Nem todos os projetos que estão parados no Centro são de
especuladores e de pessoas mal-intencionadas. Têm pessoas muito sérias que
querem fazer e acho que nós temos que dar oportunidade para realmente terminar.
Esse esqueleto que está lá na Praça XV, eu por mim, já teria desapropriado. Não
se sabe quem é o dono, ninguém aparece. Eu me lembro que quando fui Secretário
da SMIC lá era chamado de “QG do crime”. Às seis horas da tarde, às vezes a
polícia batia lá e eu me lembro que nós desmontamos aquilo lá fazendo
fiscalização. De manhã, às sete horas da manhã, pegando o pessoal de cueca,
literalmente de cueca, desalojamos todas aquelas mercadorias irregulares e
acabamos com o tal de “QG do crime”. Lá tinha cancha de jogo do osso, depósito
de mercadoria falsificada, fábrica de suco de laranja contaminado, tinha de
tudo no tal edifício esqueleto, e isso terminou. Agora o que falta fazer é
desapropriar porque aquilo deve ter 40, 50 supostos donos e que não vão terminar
nunca esse prédio, é ilusão pensar que eles vão terminar aquele prédio assim
como está, tem que desapropriar e alguma empresa terminar aquilo lá. Na época,
fiz uma proposição que se fizesse moradia para a Brigada e para a Polícia
Civil, pelo menos, daria uma sensação de segurança em todo o Centro e acabaria
com aquele esqueleto. Quanto aos outros prédios inacabados do Centro, acho que
tem que se dar oportunidade de terminar com esses prédios, as pessoas querem
fazer, querem terminar, não querem só especular. Acho que tem que ter o lucro,
agora não dá para misturar todo mundo no mesmo saco, tem pessoas muito sérias
que são proprietários e querem terminar esses edifícios, e nós vamos votar para
que se possa fazer isso com todo o respeito que temos pelos empreendedores e
pela Cidade. Nós não estamos fazendo para dar lucro para uma ou duas pessoas,
estamos fazendo para que se terminem os prédios para que se deixe o Centro,
além de histórico, mais bonito. Nós queremos uma Cidade mais bonita. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 038/12.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras; acho que temos de novo uma oportunidade, Ver. Bernardino,
sei que está bastante chateado, fez um esforço importante oferecendo o
substitutivo, mas que, infelizmente, transformaram o seu substitutivo num
grande monstro devorador da Cidade, devorador da qualidade de vida da Cidade.
Não deva ficar chateado, deva ficar consciente de que infelizmente se instalou
aqui uma desordem que não ajudaria a nossa Cidade. Acho que a Câmara zerou o
processo dos prédios inacabados no Centro, que viravam para prédios sequer
começados da Cidade inteira, porque era isso que ia acontecer. Vamos nos dar
conta, a população se dar conta de que, quando nós fizemos a primeira rodada de
debates, esse projeto de lei, que é uma lei que pretendia estimular a conclusão
de prédios que estão inacabados que estão em carcaça, que assim estão, por
algum problema, nós acabamos, por inúmeras emendas, quase revogando o Plano
Diretor da cidade de Porto Alegre. Porque, a partir de requerer, Ver. Mario
Manfro, qualquer um poderia empreender com base no Plano Diretor anterior,
inclusive, não precisava estarem as fundações prontas.
Então, chegou a um ponto em que mesmo os que tinham
clareza do projeto e o defendiam, diferentemente da minha posição e da posição
da nossa Bancada e da oposição, se apavoraram, se preocuparam. Então, nesse
momento, nós voltamos ao projeto inicial, e a oposição não entende que isso
seja, de fato, o estímulo de que a Cidade precisa. Ele pode ser nefasto para a
qualidade de vida da Cidade, pode ser nefasto para o patrimônio cultural
construído na Cidade, memória e história da vida nesta Cidade. Porque ele não
traz cuidados, ele não traz resguardo, proteção para essa qualidade de vida,
para esse patrimônio instalado no entorno da Cidade, no prédio beneficiado. E
mais, muitos desses prédios estão inacabados, não porque não estavam adequados
ou porque o Plano Diretor atual não resolve o problema, mas porque havia
litígios de família, houve problema com a empresa de recursos financeiros, de
tempo, de embate, etc. Não sei, aqui está se vendendo como uma panaceia, como
um projeto que, finalmente, vai revitalizar a Cidade.
Olhem, senhores, nós temos uma outra opinião sobre
revitalizar a Cidade, sobre o Centro da Cidade. O Centro da Cidade, onde o
acesso maior à moradia, à estrutura, a bancos, a lojas, a serviços, ao Tudo
Fácil, é o lugar onde deveríamos estimular a moradia, especialmente, a moradia
popular. Ou seja, quem pode menos, os mais pobres, com moradia digna, popular,
portanto, atendendo a população mais carente com infraestrutura, com escola.
Eu, que sou da Educação, sei como as escolas do Centro da cidade de Porto
Alegre têm vaga, têm salas vazias, porque houve um esvaziamento da população
trabalhadora aqui do Centro, e houve um deslocamento para os bairros mais
longínquos, com uma penalização ainda maior para quem já não tem condições
financeiras adequadas.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Fernanda
Melchionna.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Exatamente, os cavalheiros sobrevivem a diferenças de ideologia. Que
bom, né? Eu encerro dizendo: acho que é hora de aproveitar a bola no centro
para rediscutirmos este projeto. Há medidas importantes, por exemplo, tirar
endereços; há outras medidas muito importantes, que é condicionar ao Estudo
Prévio de Impacto de Vizinhança, porque aí nós podemos fazer a mitigação
necessária, o recuo necessário, as compensações necessárias e, de fato, adequar
o crescimento da Cidade e a recuperação de espaços abandonados ao interesse da
população e aos seus direitos. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero dizer que, da minha parte, Ver.ª Sofia, só
não consegui lhe levar água, porque estava na condução dos trabalhos, senão
teria feito.
O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
encaminhar a votação do PLE nº 038/12.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Boa-tarde, Sr. Presidente; boa-tarde, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
eu acho que nós avançamos muito neste debate, até porque foram várias as
intervenções nesta tribuna dizendo que o projeto do Governo estava fazendo com
que nós rasgássemos o Plano Diretor vigente. Em algumas intervenções de hoje,
já verifiquei que alguns Vereadores que tinham esta posição reconhecem que o
Plano Diretor já previa, no seu art. 159, que poderiam terminar as construções
aquelas obras iniciadas que tivessem as fundações concluídas. Realmente, isso
consta no Plano Diretor desde 1999, e, na revisão de 2010, isso foi mantido.
Portanto, não tem “rasgar” Plano Diretor. O Governo está mandando para cá uma
regulamentação, porque nós precisamos ler o Plano Diretor por completo se
quisermos fazer a interpretação. E, lá no mesmo no art. 159, parágrafo 8º, diz
que, iniciada a obra dentro do prazo previsto na legislação vigente, os
projetos de edificação e licenciamento de construção deverão ter as obras
concluídas num prazo de 15 anos, prorrogável mediante EVU. Isso foi incluído,
Ver. Cecchim, pela revisão do Plano Diretor, Ver. Bernardino. Na revisão do
Plano Diretor, em 2010, foi incluído esse parágrafo 8º ao art. 159,
determinando que os projetos tinham 15 anos para serem acabados. Por isso o
esqueletão que hoje aparece aqui na foto de um jornal de grande circulação na
Cidade, (Mostra foto.) mesmo estando levantado, tendo as fundações concluídas,
estando nesta altura, ele já passou o prazo de vigência de 15 anos estabelecido
na revisão do Plano Diretor em 2010. Então, parece que muitas coisas estão
sendo clareadas com o debate, e isso é bom. Eu não tenho dúvida de que o
Projeto vai, sim, fazer com que muitos desses prédios inacabados, por terem de
volta o Regime Urbanístico anterior ao de 99... Estamos falando em Regime
Urbanístico. Há uma grande confusão quando se fala no projeto arquitetônico
desses prédios inacabados. Não é disso que estamos tratando. Estamos tratando
do Regime Urbanístico; portanto, eu encaminho pela aprovação do Projeto do
Executivo, que efetivamente listou quatro endereços, mas que também abriu no
art. 5º que todos os imóveis que vierem a requerer esse benefício, que se
enquadrarem nos critérios estabelecidos nessa lei, poderão também solicitar, ou
seja, não é só para os quatro que estão listados, são para todos aqueles que
atenderem aos requisitos da lei. Portanto, eu encaminho, em nome da Bancada do
PTB, neste tempo de Liderança do Governo, pela aprovação do Projeto e pela
aprovação das Emendas nº 3, 6 e 8, que estão qualificando também este projeto
encaminhado pelo Executivo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação a Emenda nº 05, destacada, ao PLE nº
038/12. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 05, destacada, ao PLE nº 038/12.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, quero aproveitar este momento para
dirigir a minha fala especialmente a três colegas: Ver.ª Sofia, Ver. Cecchim e
Ver. Nedel. De uma coisa eu tenho certeza, Dr. Gil Almeida, aqui representando
o Governo, que sirva este exemplo para os próximos projetos, de nada vai ser em
vão. Eu defendi o meu Substitutivo, porque tenho convicções de que não é um Frankenstein. Frankenstein é o que será votado,
porque as emendas não ampliavam, as emendas reduziam. Mas o Ver. Cecchim veio
aqui, fez um elogio e depois vem a bordoada. Eu o conheço, tenho a maior
admiração pelo Ver. Cecchim. A Ver.ª Mônica também veio aqui e fez um choro,
mas votou contra o Substitutivo. Então eu quase que posso resumir assim, Ver.ª
Mônica: nunca fui tão adorado e traído ao mesmo tempo. O que me conforta é que
eu tive a felicidade de elaborar este Projeto com a minha assessoria e não
conversei com nenhum segmento interessado de forma individual; isso me tranquilizou.
Por isso que, quando vim aqui pedir mais uma vez, e os senhores contestaram o
meu Projeto, eu não me ofendi, porque essa é uma parte boa. Agora é o seguinte:
o Ver. Nedel eu deixei por último. O Ver. Nedel veio aqui e fez um choro. Aliás
o Ver. Nedel é tão querido, que nós às vezes o chamamos até de “homem santo”.
Ele teve toda uma técnica aqui de hipnotização, que os colegas não se deram
conta, porque ele disse assim: “Votamos a Emenda do Ver. Reginaldo Pujol, mas o
plenário votou contra o Substitutivo do Bernardino.” Como se ele não fosse
do plenário. Ele votou contra; V. Exa. votou contra. Então, deveria dizer
assim: “Nós, Vereadores, votamos contra”, não o plenário, V. Exa. faz parte do
plenário. Quem votou favoravelmente ao meu projeto, Ver. João Carlos Nedel, foi
o Ver. Reginaldo Pujol, Ver. Nereu D’Avila, Ver. Waldir Canal, este Vereador, o
Ver. Tarciso, o Ver. Elizandro Sabino e o Ver. Paulo Brum. Mas é do embate, faz
parte – Ver. Pedro Ruas, eu até pensei que V. Exa. ia votar comigo. Veja só,
veja só.
Mas, assim, a minha intenção foi, sim, tentar levar
este projeto para toda a Cidade. Nós temos problemas em toda a Cidade. As
emendas até restringiam um pouco o alcance do projeto. Mas eu quero – a
Liderança do Governo está aí – fazer uma proposta, Ver. Airto Ferronato e Dr.
Gil Almeida: o Executivo não pode ficar tão longe do Legislativo, alguns
assuntos polêmicos vamos tentar fazer juntos! E aqui eu falo em nome da bancada
dos independentes, que não têm espaço nesta Casa, Presidente, nós precisamos
fazer este registro: a oposição tem tempo, a situação tem tempo especial e nós,
os independentes, estamos sendo discriminados, Ver. Clàudio Janta e Ver.
Tarciso Flecha Negra. Por favor, nos dê igualdade, Presidente, V. Exa. que é
tão democrático!
Então, assim, fica o nosso pedido: vamos fazer um
projeto coletivo, Prefeito Guilherme Sociais Villela, vamos sentar e fazer um
outro projeto, então. Porque, daqui a pouco, o Governo poderá encaminhar, mas
vai demorar tanto! Vamos fazer um outro projeto, então, para alcançar, porque
nós temos muitos prédios inacabados. Eu sou favorável a dar incentivo – não são
benesses – que não prejudique a sociedade. Mas, no bojo, traz penalidade.
Porque as pessoas têm que ter responsabilidade, não é manter um prédio aí como
criatório de barata!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Quero dizer ao Ver. Bernardino sobre a questão dos
independentes: normalmente, se tem oposição e governo – e isso
em todos os parlamentos do mundo –, a Câmara Municipal de Porto Alegre poderia
inovar nesse sentido, mas isso tem que constar naquele livrinho, que é o
Regimento. Mas é uma coisa para a reflexão de todos.
O Ver. Marcelo
Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 05,
destacada, ao PLE nº 038/12, como autor.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa-tarde, Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, a minha Emenda nº 05, como está
destacada por primeiro, ela acaba tendo uma questão lógica, logo em seguida,
votaremos uma outra emenda que trata da exclusão daqueles quatro endereços
iniciais. E, aí, os problemas começam.
Nós tínhamos um
entendimento, na semana passada, de que o substitutivo do Ver. Vendruscolo era
melhor do que o projeto. Não vou dizer que era um consenso, mas era,
praticamente, um entendimento muito uniforme, inclusive do Ver. Nedel. E, aí,
Ver. Brasinha, V. Exa. que não gosta das emendas, nem dos puxadinhos, o
substitutivo recebeu tantas emendas que acabou se transformando, na fala do
Ver. Cecchim, um Frankenstein e acabou sendo rejeitado.
Pois bem, muitas
dessas emendas estão agora, as que tornaram um Frankenstein o Substitutivo,
agora estão no projeto inicial, que continua com as suas falhas. Ele começou
trazendo um rol de quatro imóveis – o Ver. Janta destacou na sua fala –, ou
seja, o levantamento que Executivo tem, e este detém todas as informações para
encaminhar um projeto de lei para esta Casa, o levantamento do Executivo
resultou em quatro imóveis; então, estamos fazendo uma lei para quatro imóveis!
Tudo bem, depois abre para quem requerer, mas significa que o estudo da
Prefeitura resultou em uma lei que altera o Plano Diretor desta Cidade, Ver.
Janta. Nós não estamos falando de uma lei qualquer aqui. Nós estamos alterando
o Plano Diretor da Cidade, uma conquista desta Cidade, por um estudo do
Executivo que resultou em apenas quatro endereços.
Aqui, na nossa
emenda, nós tratamos de excluir um desses endereços, que é justamente o da Rua
Duque de Caxias, nº 1195. O Ver. Vendruscolo trouxe fotos aqui, e este jornal
retrata (Mostra a foto do jornal.) um dos imóveis que entendemos vale um
projeto de lei ou um projeto especial. Este é um prédio inacabado, Duque, nº
1195, é um prédio em que os terrenos foram unificados, mas, num destes
terrenos, não há fundação nenhuma, ex-Prefeito Villela, não há nada de
fundação. Então, o que está se dizendo é que a fundação que se fez no outro
terreno vale para este.
O Prefeito, nesta
reportagem de ontem (Mostra reportagem.), diz que a intenção do projeto de lei
é transformar os edifícios em moradias para os trabalhadores, que pagariam
aluguel social. Está aqui, explicitado! Parabenizo o Prefeito. Isso está dentro
de uma política de desenvolvimento urbano, está dentro de uma reivindicação da
Associação dos Moradores do Centro, e, para isso, inclusive, tem verba prevista
no Orçamento Participativo de R$ 2 milhões. Portanto, essa, sim, é a política
que deve ser tocada adiante. Aliás, em São Paulo, o Prefeito Fernando Haddad já
está fazendo isso, inclusive desapropriando prédios. Nós temos, aqui, já, instrumentos
administrativos, de sanções administrativas, se o sujeito começa uma obra e a
deixa abandonada por 15, 20 anos. Não precisamos de uma lei específica, que
mude o Plano Diretor, para conseguir fazer valer, para fazer com que as pessoas
concluam os seus edifícios. E já estão sendo beneficiados, porque esse
esqueleto aqui, provavelmente, já tem uma altura que, hoje, o Plano Diretor não
permite mais, portanto esse proprietário, certamente, terá uma espécie de
direito adquirido. Talvez aqui seja um prédio de 15, 20 andares, então ele já
tem um benefício em concluir essa obra, porque ele já escapa do Plano Diretor.
Eu estava ali numa
conversa com o Ver. Cassio Trogildo, em seguida, analisaremos uma outra emenda,
e não consegui ser convencido, Ver. Cassio, porque a sua emenda, além de ter as
fundações concluídas, conforme diz o Plano Diretor, também abre a possibilidade
de e/ou – e aí está o problema – ter executada parte das obras correspondentes
ao projeto aprovado. Então não consigo não entender diferente de que, se o
sujeito, aqui, tiver, por menor que seja, porque não está dizendo o quanto da
parte é... Por isso brinco que, se o sujeito fez a casinha do cachorro e ela
estava prevista no projeto, ele já tem parte e já será beneficiado, passando
por cima do Plano Diretor. Então eu acho que precisa aqui... Ver. Brasinha, o
senhor que não gosta das emendas, esse aqui está cheio de emendas também. Está
imperfeito esse projeto, que era pior que o substitutivo. E, agora, se votarmos
favoravelmente, estaremos votando um projeto pior, sem estudo, enviado “nas
coxas” pelo Executivo. Seremos obrigados, aqui, a votar contra. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Bernardino
Vendruscolo assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu quero fazer um reparo, aqui, Ver.ª Mônica Leal. Na tribuna, eu citei
o seu nome de forma injusta, quando devia ter citado o nome da Ver.ª Sofia
Cavedon. Talvez tenha sido levado ao erro pela simpatia que as duas merecem,
pelo penteado que ambas usam, muito semelhante, estão muito bonitas, por sinal.
Ideologicamente não são parecidas, mas aqui, no dia a dia, têm colaborado muito
com os trabalhos desta Casa.
O Ver. Reginaldo
Pujol está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 05, destacada,
ao PLE nº 038/12.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores, a votação isolada das emendas corre o risco de
produzir novamente a situação de impasse que a Casa viveu na última Sessão
Ordinária realizada na segunda-feira. A aparente intenção do proponente desta
emenda, que modifica o art. 5º, é que são imóveis aos quais se refere essa lei,
ou seja, os imóveis para os quais se pretende destinar os efeitos da lei, e ele
incluiria o imóvel com frente para a Rua Espírito Santo, números 70 e 76. É de
uma sabedoria muito grande a emenda, porque o que ele quer mesmo não é incluir
esse imóvel que já está incluído, ele quer é retirar um imóvel que estava
incluído. Então, é uma forma indireta de chegar a um objetivo.
Eu quero dizer,
sinceramente, disse aqui e não é nenhuma postura de antipatia com a proposta,
com a emenda em si, eu tinha falado, em tom geral, que olharia todas essas
emendas com muito cuidado, mas com extremo cuidado, seguiria, inclusive, a
lição que recebi na segunda-feira aqui na Casa. Ocorre que esta emenda, se
votada, agora, por incrível que pareça, ela conflitará com emenda que teria
precedência, que é a Emenda nº 03, que enfrenta essa situação com muito mais
sabedoria, porque, inclusive, refere-se não só a esse imóvel, mas a todos os
imóveis. E, aliás, no substitutivo do Ver. Bernardino Vendruscolo, que a Casa
derrubou, nós temos superados vários impasses. Um deles era esta fixação de
determinado limite territorial e o estabelecimento prioritário de determinados
imóveis. Não, ficaria colocada a possibilidade de que qualquer imóvel dentro da
Cidade que uma vez correspondesse às características que a lei propunha, ou
seja, prédio inacabado, com as fundações já realizadas, enfim, ele seria
encaminhada para o setor competente do Município e lá ganharia aprovação ou não
para o seu encaminhamento. Mas isso não se aproveitou. Esta emenda agora é pior
do que soneto; se eu tenho uma posição de muito cuidado com relação a todas as
emendas que estão propostas, em relação a esta, então, Ver. Paulinho, todo o
cuidado é pouco, porque, inclusive, conforme for, nós estaríamos votando nada,
porque não existe, Ver. Paulo Brum, esse imóvel isoladamente. Este imóvel faz
parte de um conjunto, que tem uma frente lá na R. Espírito Santo e a outra
frente na R. Duque Caxias, frente que quer se eliminar, porque é onde estaria
iniciando o processo da construção do hotel, amplamente conhecido na Casa,
porque os interessados aqui compareceram e disseram com toda a clareza o que
queriam fazer, negociaram, fizeram assembleia, não há motivo para alguém ficar
surpreso com isso. A surpresa é a forma oblíqua com que se tenta retirar o
prédio da R. Duque de Caxias, ao lado do Museu Júlio de Castilhos, que, pela
palavra do Secretário de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, Governo Tarso
Genro, Sr. Luiz Antonio Assis Brasil, o Museu tem interesse em que haja esta
solução, porque é no seu próprio benefício.
Então, Sr.
Presidente, com toda a firmeza, com toda a segurança, mas também com toda a
tranquilidade, Ver. Tarciso, esta emenda não merece prosperar, sob pena de nós
querermos refazer o impasse que se criou na última segunda-feira, quando chegou
na hora de votar o projeto, tinha mais é que votar contra. Se começarmos a
aprovar estas emendas, eu, que vim aqui, hoje, com a ideia de votar a favor do
projeto, vou votar contra.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para encaminhar a votação da
Emenda nº 05, destacada, ao PLE nº 038/12.
O SR. CASSIO TROGILDO: Sr. Presidente,
venho aqui em nome da Bancada do PTB encaminhar a Emenda nº 05, que é
desnecessária, porque o Projeto original já possibilita que todos os imóveis
que se enquadrarem no benefício desta Lei poderão requerer a reavaliação. Já
foi dito aqui que nós estamos descumprindo o Plano Diretor, e eu venho
novamente ressalvar que estamos rigorosamente cumprindo o Plano Diretor, e que
há a necessidade deste Projeto, encaminhado pelo Governo, em função da revisão
do Plano Diretor, em 2010, que estabeleceu que iniciada uma obra dentro do
prazo previsto na Legislação vigente, ela tem 15 anos para ser concluída. Isso
foi incluído agora na revisão do Plano Diretor, em 2010.
Então vamos começar a
votar as emendas e o Projeto original, e eu venho aqui encaminhar a favor das
Emendas nº 03, 06 e 08; em especial a Emenda nº 08, de autoria deste Vereador,
pois há a necessidade de que no âmbito do Projeto fique devidamente claro o que
vai ser caracterizado como prédio inacabado, tendo em vista que o Plano
Diretor, no art. 159, já disciplina o que é considerado obra iniciada, mas não
tem conceituação do que é prédio inacabado. E nós estamos, através da Emenda nº
08, estabelecendo que os prédios inacabados são aqueles que tenham concluído as
suas fundações e/ou executado parte das obras correspondentes ao projeto
aprovado. Logicamente, não vale casinha de cachorro, até porque casinha de
cachorro não faz parte de projeto arquitetônico. Logicamente, qualquer parte do
projeto arquitetônico tem fundações a serem executadas. O que estamos
distinguindo aqui, em relação ao Plano Diretor, é o conceito de obra iniciada e
prédio inacabado. Isso faz muita diferença, porque lá no Plano Diretor, quando
se trata de obra iniciada, a determinação é que todas as fundações tenham que
estar concluídas, Ver. Reginaldo Pujol. Mas nós podemos ter, dentre os diversos
prédios ou imóveis que vão se credenciar ao objetivo dessa lei, um imóvel que
tenha três ou quatro prédios aprovados e que tenha feito uma fundação e inacabado
um prédio. Ele não vai ter as fundações todas concluídas e é um prédio
inacabado, que é objeto do Projeto de Lei que hoje estamos aqui analisando.
Então, a Emenda nº 08 tem esse objetivo, que um projeto aprovado anteriormente
a 1999, que tenha mais de um prédio aprovado, tenha concluído não todas as
fundações... uma fundação e tenha deixado inacabado aquele prédio, possa se
credenciar, porque esse é o objetivo da lei, justamente dar oportunidade para
aqueles prédios inacabados terem a sua conclusão.
Em relação à Emenda
nº 05, ela se faz desnecessária. Realmente, tem-se debatido muito aqui um caso
específico, que foi o caso explicitado, que muito bem disse o Ver. Reginaldo
Pujol aqui, que veio aqui debater com a Casa, numa reunião de líderes, explicitou
o projeto que não é o objeto do que nós estamos tratando aqui; estamos tratando
do regime urbanístico. E para que fique muito bem claro em relação a nossa
emenda, porque fizeram essa comparação, se o endereço da rua Espírito Santo, na
época da aprovação do projeto, já estiver agregado ao endereço da rua Duque de
Caxias, vale; se não estiver agregado, não vale, ponto! Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da
Emenda nº 05, destacada, ao PLE nº 038/12.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver.
Bernardino Vendruscolo, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, venho aqui, em nome
do PT, defender a emenda do Ver. Marcelo Sgarbossa. Emenda de Vereador nosso é
emenda de Bancada. O Ver. Marcelo apresentou essa emenda a pedido do prédio da
rua Duque de Caxias, que estão aqui os moradores, bravamente já esgotados,
acompanhando a discussão, e da Associação de Moradores do Centro Histórico.
Então, esta é uma emenda de origem popular, e é uma emenda reativa. Óbvio que
nós já temos um acúmulo sobre esse tema, e eu espero que dê certo, que se
retirem os endereços de forma geral. E eu, correndo o risco de me repetir e
chatear V. Exas., Ver.ª Mônica – para o Ver. Bernardino ver bem que sou eu que
estou fazendo este debate –, eu quero repetir e pedir uma sensibilidade desta
Casa, que acho importantíssima, em relação ao pleito do prédio da Rua Duque de
Caxias. Nós não estamos tratando de qualquer lugar; nós estamos tratando de um
lugar histórico, Centro Histórico de Porto Alegre, cujo Plano Diretor fez a
leitura dos problemas, do antigo regime urbanístico. Porque não era mais
possível conviver, por exemplo, sem recuo de jardim, sem distanciamento de um
prédio em relação ao outro, porque a gente precisa de arejamento, precisa
garantir insolação. O nosso modelo inicial da Cidade, eu acho que era aquele
modelo, Ver. Bernardino, dos prédios e centros históricos das cidades, como eu
tive o privilégio de conhecer, o Centro Histórico de Barcelona.
Então, Ver.
Bernardino, centros históricos da Europa, Barcelona, Madri, eram os prédios de
cinco, seis andares, e um colado ao outro. Esse negócio de árvore – eu acho que
tinha muito à época – não tinha. Não tinha insolação, ruas estreitas... E a
gente carregou um pouco, o Plano Diretor anterior carregava um pouco disso,
podia colar... Bom, houve problemas nas evoluções do Plano Diretor, ocorreram
“n” situações que nós não gostamos e gostaríamos de avançar mais, mas elas
incorporaram o direito da ambiência, o direito ao arejamento, à necessidade do
recuo, do ajardinamento, da redução da impermeabilidade. É disso tudo que se
trata, e atinge frontalmente esse endereço – a exemplo de muitos, porque a
gente não pode imaginar os outros –, atinge essas novas medidas que nós fomos
consagrando nos Planos Diretores, medidas importantes, que modificam aquela
Cidade, que era blocada, que era aglomerada, que não valorizava o meio
ambiente. Então, nós estamos tratando aqui de cuidado, de atenção. O antigo
Plano Diretor tinha regras de densidade e altura que não
correspondem mais à Cidade dos nossos sonhos, à Cidade da qualidade de vida.
Então, para além de concordar em retirar o prédio, todos os prédios e
nominá-los, temos que ter o cuidado de que haja medidas compensatórias,
mitigadoras e harmonizadoras, Ver. Janta, para o entorno. Não podemos imaginar
que um prédio daquele jeito, densificado e alto, possa se instalar ao lado do
Museu Júlio de Castilhos. Museu que merece uma valorização, que, também, antes
do atual Plano e antes dos debates todos do Estatuto da Cidade, não existia.
Muito prédio histórico, como a casa do ex-governador, foi abaixo, que era ao
lado do Museu Júlio Castilhos.
Então, aprovo a
emenda, Ver. Sgarbossa, com este sentido; a nossa Bancada te apoia, mas faz de
novo, aqui, um movimento de alerta, de atenção, que não dá para restaurar o
antigo Plano sem esses cuidados.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para encaminhar a votação da
Emenda nº 05, destacada, ao PLE nº 038/12.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, eu não ia falar aqui já que o Ver. Paulo Brum –
e faço coro com ele – diz que temos que votar, mas a Ver.ª Sofia voltou a falar
do Museu. Quero dizer que temos uma carta do Secretário Estadual de Cultura
dizendo que o Museu é a favor do Projeto de Lei. Então, não é mais o Museu.
Aquele “Esqueleto vivo, Museu morto”, aquela faixa caiu, já que o Secretário de
Cultura e a Diretora do Museu encaminharam uma carta dizendo que não existe
problema nenhum para o Museu ter este projeto aprovado, já que é um projeto
para todo o Centro de Porto Alegre. Então, encaminhamos contrariamente à emenda
do Ver. Sgarbossa, já que ela limita, e nós achamos que tem que ser uma lei
para todos os prédios inacabados, beneficiando toda a população de Porto
Alegre. A história do Museu já está resolvida a partir do momento em que o
Secretário Estadual da Cultura encaminha um documento a esta Casa dizendo que o
Museu não será afetado em hipótese alguma.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo
Pujol, a Emenda nº 05, destacada, ao PLE nº 038/12. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 5 votos SIM e 20 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº
038/12. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº 038/12.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu sonho com o dia em que a
cidade de Porto Alegre realize o primeiro Estudo de Impacto de Vizinhança. Quem
sabe nós, que já fomos protagonistas, desbravadores das primeiras medidas,
aliás, as primeiras incorporações de instrumentos modernos no Plano Diretor
aconteceram em Porto Alegre. Porto Alegre estreou, inaugurou a democracia
participativa; Porto Alegre criou, junto com o movimento mundial, os fóruns
sociais mundiais, e recebemos quatro aqui. Que lindo destino esta Cidade, Ver. Pedro Ruas, uma Cidade por quem não dariam
nada outras cidades famosas, como o Rio de Janeiro, como Salvador, e a nossa
Cidade se inscreveu no mapa do mundo por inovação, por ousadia. E esse tema do
Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança, já há horas, fazemos discussões no
Ministério Público. A Região de Planejamento 6 chegou a fazer um seminário
sobre Estudo de Impacto de Vizinhança, é um instrumento novo, eu não conheço,
eu não sei se no País ele foi aplicado ainda. Nós incorporamos a previsão dele
no Plano Diretor da cidade de Porto Alegre, e agora
tem uma legislação, nós votamos uma legislação nesta Cidade, tem uma lei
específica. Ver. Brasinha, lembra dessa discussão, da votação dessa lei, no ano
de 2011?
Bem,
senhores, a Cidade tem muitos conflitos, muitos conflitos com a construção
civil; é uma cidade cuja morfologia está se transformando – que bom; há um
aquecimento na construção civil, mas esse aquecimento não precisa ser
predatório, não precisa ser conflituoso, não precisa desgostar, desagradar e
desesperançar os cidadãos de Porto Alegre. Esse
crescimento pode ser harmonioso, pode ser um crescimento que valoriza a
paisagem, que valoriza o estético, que valoriza o ambiental. A Rua Gonçalo de
Carvalho é a rua mais bonita do mundo e é uma rua que assim é chamada e
consagrada como um túnel verde, e hoje tem vários túneis verdes. Ontem, nosso
ex-Vereador Beto Moesch, com quem tínhamos muitas controvérsias, Ver. Mônica –
ele era do PP, votávamos diferenciadamente, mas era um guerreiro na área do
meio ambiente –, e nós marcamos o mundo, a Rua Gonçalo de Carvalho foi a
primeira rua consagrada por decreto como lugar de interesse especial por causa
do interesse ambiental. Todos nós sabemos que onde a paisagem que está vinculada
ao verde, que está vinculada ao meio ambiente, ao nosso Guaíba, às águas, aos
nossos Ipês e Jacarandás – estão uma beleza pela nossa Cidade, estão
deslumbrantes. Então, não tem por que nós não mediarmos através desses
poderosos instrumentos, como é o Estudo de Impacto Ambiental e como é o Estudo
de Impacto de Vizinhança. Como nós estamos, vejam bem, senhores, restaurando o
Plano Diretor anterior para esses prédios inacabados, nada mais apropriado,
adequado que o cuidado, a precaução de estabelecer que será condicionado ao
Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança, porque ele vai impactar, não tem
dúvida, eu falava na outra intervenção. O Plano Diretor anterior não tinha
recuos como este tem; não tinha área permeável, como este tem; não tinha o
necessário afastamento das empenas cegas ou não cegas, etc. Então, há
construções, elementos importantes, resultados da mobilização desta Cidade.
Eu encerro, dizendo:
a Cidade tinha o Movimento Vive, e os bairros: Petrópolis Vive; Moinhos Vive,
que até hoje é muito Vive; o Azenha Vive. São reação e luta de uma cidadania
que não aceita uma terra arrasada; não aceita abrir mão de um destino
harmonioso, de um destino integrado à natureza e que preserve a sua história e
a sua memória. Portanto, a emenda é para este sentido: construir uma Cidade
mais harmonizada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigada, Ver.ª Sofia. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº 038/12.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente; Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras. Indiscutível a competência da oposição da Casa
de buscar atingir os seus objetivos. Não há mais dúvida de que a oposição não
quer que este projeto alcance os seus objetivos, e aí começa com uma emenda ou
outra a buscar desviar das suas consequências. Tiveram êxito na segunda-feira,
quando derrotaram um substitutivo proposto pelo Ver. Bernardino Vendruscolo;
aproveitaram algumas brechas, algumas confusões, e derrotaram. Se quiserem
derrotar, e se a Casa pretender que este Projeto de Lei do Executivo não
produza os seus efeitos, a receita é essa: comece por aprovar esta emenda. Ora!
Aqui ninguém é ingênuo de saber o que representa o impacto de vizinhança, ou
qualquer outra medida que, é simples de escrever aqui numa emenda, mas cuja
execução vai protelar qualquer medida de extermínio e de superação
desses esqueletos ao longo do tempo. Ora, Sr. Presidente, nós temos falado
muito aqui: querem terminar com o Plano Diretor. Coisa nenhuma! Plano Diretor
não é uma coisa estática, que se é feito um dia para nunca mais ser modificado.
Não! Aliás, no Plano Diretor tem uma série de medidas que têm que ser
implementadas, que ainda não foram. O próprio Estudo de Impacto de Vizinhança
era uma coisa prevista no Plano, e que, depois, por lei, aqui se criou. Mas as
situações dos prédios inacabados não são as retratadas pelo Estudo de Impacto
de Vizinhança, que é dirigido especialmente para novos empreendimentos, para
novos prédios, não para a conclusão desses esqueletos. Ora, vou deixar bem
claro, Ver. Nereu, o que o projeto propôs é criar um caminho, que eu já disse,
pode não ser o melhor, mas é bom. Inclusive, é um bom início, um bom começo,
para que se consiga – lamentavelmente é só no limite do Centro Histórico, nós
gostaríamos que fosse para toda a Cidade – exterminar de uma vez por todas com
esses esqueletos. Nem sei se a lei vai ser suficientemente capaz de atingir a
esses objetivos, mas é uma tentativa válida, que nós temos que aproveitar. E
não sabotá-la, criando dificuldade aqui e acolá. Essa emenda, aqui eu vou
enfatizar: não tem outro objetivo senão criar complicação para execução da lei.
Então, quem quiser que a lei não se cumpra, Ver. Nedel, vote nesta emenda! Aí
eu cumprimento quem, mais uma vez, está satisfazendo as Lideranças da oposição,
que estão de todas as formas possíveis tentando inviabilizar a execução dessa
lei. Era isso, tão somente isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº 038/12.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo, em relação à Emenda nº 07,
que está prevendo a realização de Estudo de Impacto de Vizinhança para que seja
aplicada a lei ao projeto de lei que ora estamos discutindo, encaminhando, eu
venho aqui, em nome da Bancada do PTB, encaminhar contra a Emenda nº 07, por
alguns motivos. Primeiro, o Projeto se detém a tratar do Regime Urbanístico. É
do Regime Urbanístico que estamos falando quando estabelecemos este projeto
através do Executivo. O que vai ser alterado com a aprovação dessa lei?
Constará lá na Declaração Municipal – DM, que é o documento municipal que
estabelece o Regime Urbanístico para os imóveis em Porto Alegre – para esses
imóveis que se credenciarem, o Regime Urbanístico de acordo com esta lei
aprovada. É assim que vai passar a constar. Então, não estamos falando nem de
estudos de impacto, nem dos projetos tanto arquitetônicos, nem os
complementares, nem os ambientais, todos aqueles outros previstos na
legislação. O Estudo de Impacto de Vizinhança, eu não sou contra, é lei nesta
Casa. Ele foi aprovado. Eu não era Vereador. Eu não posso ser contra o Estudo
de Impacto de Vizinhança, só que ele não está regulamentado! Olhando a lei que
foi aprovada nesta Casa, que estabelece que no rol das atividades para o Estudo
de Impacto de Vizinhança – que foi aprovado aqui –, não consta prédios dessa
natureza que estamos falando, e sim empreendimentos de maior impacto, como os shopping centers, os supermercados, os
postos de gasolina, as indústrias. Estes têm previsão lá no Estudo de Impacto
de Vizinhança. Portanto, se aprovássemos esta emenda, nós estaríamos inclusive
alterando a lei que foi aprovada por esta Casa e que ainda nem foi
regulamentada, impondo que esses prédios todos tenham que ter EIV, mesmo que
não se enquadrem na Lei de Estudo de Impacto de Vizinhança. Entendo que, mesmo
não tendo sido regulamentado a EIV, o Estudo de Viabilidade Urbanística já faz
parte da nossa legislação e é uma excelente medida do impacto dos
empreendimentos. Nós estamos falando aqui na alteração do Regime Urbanístico.
Todos os demais estudos, tanto o Estudo de Viabilidade Urbanística quanto os
estudos ambientais, todos os demais projetos arquitetônicos e complementares
serão obrigatórios conforme a legislação vigente! Portanto, encaminho, em nome
da Bancada do PTB, pela rejeição da Emenda nº 7, tendo em vista que o Estudo de
Impacto de Vizinhança ainda não está regulamentado. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Não há mais quem queira encaminhar. Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Pedro Ruas, a Emenda nº 07, destacada, ao PLE nº
038/12. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 05 votos SIM e 20 votos NÃO.
Agora vamos votar as emendas não destacadas. Não há
acordo para votarmos em bloco. Vamos votar a Emenda nº 01. Casualmente, esta
Emenda é de minha autoria, então solicito um outro Vereador para presidir os
trabalhos.
(O Ver. Waldir Canal assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Waldir Canal): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 01 ao PLE nº 038/12. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 05 votos SIM e 18 votos NÃO.
(O Ver. Bernardino Vendruscolo reassume a
presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação nominal, solicitada pela Ver.ª Fernanda
Melchionna, a Emenda nº 03 ao PLE nº 038/12. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 22 votos SIM e 04 votos NÃO.
A Direção Legislativa me pede para fazer o registro
de que o Ver. Márcio Bins Ely está em representação. Já foi aprovada na Mesa,
segunda-feira, essa possibilidade.
Em votação a Emenda nº 06 ao PLE nº 038/12.
(Pausa.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Eu gostaria até que o proponente desta emenda explicasse melhor se ela
não prejudica a de nº 03, já aprovada, que estabelece os prazos e como devem
ser feitos esses prazos.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Vou pedir que o Diretor Legislativo faça essa
observação ao Ver. Idenir Cecchim.
Deixo de ler a Justificativa, porque tenho a
impressão de que os Vereadores já entenderam. Agora, realmente, há muita
semelhança entre uma emenda e outra. Eu suspendo os trabalhos por dois minutos
para que possamos fazer uma melhor avaliação, prezados colegas.
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 16h54min.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 16h56min): Estão
reabertos os trabalhos.
Foi verificado que não há prejudicialidade entre a
Emenda nº 06 e outras.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, teve um Requerimento no sentido de
pedir auxílio à Diretoria Legislativa, porque existe um prazo previsto pelo
Projeto. Lamentavelmente, a Emenda anterior aumentou o prazo. E esta Emenda, no
§ 1º diz que diante dos prazos previstos poderão ser prorrogados em até 50%
daqueles originalmente previstos nos projetos. Então a gente só queria ter essa
questão do tempo, porque fala em percentual, e como mudou o tempo em relação ao
projeto original, com a aprovação...Três anos, porque a Emenda aumenta o prazo.
Acho que é importante os Vereadores saberem qual é o aumento de prazo, uma vez
que aqui aparece percentual.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): É que, na verdade, o que está valendo hoje não é
mais o que está no Projeto e, sim, a Emenda que foi aprovada de três anos.
(Aparte antirregimental da Ver.ª Fernanda
Melchionna.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Temos que fazer esse entendimento: essas questões,
não valem mais as do Projeto, mas, sim, as da Emenda que vem atualizando. Então
o prazo de 50% vai contar sobre os três anos, e não mais o prazo de dois ou
cinco anos como era antes. Foram tantas as emendas que acabamos tendo dificuldade
no entendimento.
Em votação nominal, solicitada pela Ver.ª Fernanda
Melchionna, a Emenda nº 06 ao PLE nº 038/12. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADA por 22 votos SIM e 04 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pela Ver.ª Fernanda
Melchionna, a Emenda nº 08 ao PLE nº 038/12. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADA por 19 votos SIM
e 06 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pela Ver.ª Sofia
Cavedon, o PLE nº 038/12. (Pausa.) (Após apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM e 05 votos NÃO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1960/12 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/12, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que
altera a ementa e o art. 1º da Lei nº 10.833, de 11 de fevereiro de 2010,
estendendo às áreas de lazer das escolas do Município de Porto Alegre a
instalação de, no mínimo, 1 (um) equipamento para lazer e recreação infantil
adaptado a crianças com deficiência física ou mental.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela
manutenção do Veto Total.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 77, § 4º, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
Na apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM
– aprova o Projeto,
rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto,
aceita o Veto.
- Trigésimo dia: 31-10-13
(quinta-feira).
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em discussão o
PLL nº 164/12, com Veto Total. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a
palavra para discutir o PLL nº 164/12, com Veto Total, como autora.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos acompanha, eu confesso a vocês
que fiquei muito mal impressionada com este veto ao projeto, pois o projeto é
pouco pretensioso, é um projeto singelo. Na verdade é uma emenda à lei de
autoria do Ver. Waldir Canal, é uma lei que já está em vigor, uma lei que
determina que as praças e parques da nossa Cidade tenham brinquedos adaptados a
crianças com deficiência. Ora, o que esta Vereadora tomou de iniciativa e esta
Casa aprovou, como o voto dos senhores e das senhoras, foi que as todas as
escolas que estão fazendo um grande movimento de inclusão, toda essa luta, Ver.
Tarciso, para que todas as crianças, com deficiência ou não, estejam nas
escolas, luta de pais, luta de educadores, luta de entidades da pessoa com
deficiência têm feito com que o lugar mais importante e mais inclusivo deste
País seja a escola. Porque não são os clubes sociais, não são os postos de
saúde – nossa colega, professora Rejane –, não são os centros comunitários, não
são as políticas de cultura; é a educação que está fazendo o grande esforço de
inclusão. Por quê? Porque é obrigada por lei inclusive. Não é o obrigatório que
o centro comunitário atenda a pessoa com deficiência. Moralmente, eticamente é,
mas, legalmente, não diz que tem que estar 200 dias letivos na escola. As
escolas, sim. As escolas estão recebendo, os professores fazendo grandes
esforços. E o brincar, na vida da criança, é a forma de aprender, é o estar no
mundo, é construir simbologia, é construir relações. E nós não podemos tirar
isso da criança porque ela tem alguma deficiência. O poder brincar como as
outras crianças brincam – é disso que nós estamos tratando. Poder brincar como
a criança, dita normal, brinca. Porque, se não houver uma adaptação do balanço,
por exemplo, a criança que tem problema de coordenação corporal, motora não vai
poder andar de balanço, porque ela vai se pisar, Ver. Alberto Kopittke. Se ela
for empurrada, se balançar, ela vai perder o equilíbrio e vai cair. Então, o
balanço tem que ter uma proteção especial, tem que ter um cinto, tem que ser
uma cadeirinha, eu não sei; os engenheiros, os arquitetos sabem. O gira-gira
também. A criança que anda de cadeira de rodas precisa de uma cadeira adaptada
para brincar nos brinquedos da pracinha. Então, não dá para brincar de
educação, de inclusão. E aí a Prefeitura justifica, senhoras e senhores, que
essa já é uma diretriz política. Aí mesmo que eu não entendo. Se a Prefeitura
concorda, se a Prefeitura já tem como diretriz política, por que ela não
concorda que isso se torne uma norma para a Cidade? Porque nós não legislamos
aqui só sobre a vida das crianças que estudam nas escolas municipais; nós
legislamos sobre as crianças e adolescentes que moram na Cidade de Porto
Alegre. Estudem elas nas escolas privadas, estudem elas nas escolas
comunitárias, estudem elas nas escolas estaduais.
Portanto, o que a
Prefeitura está vetando, remetendo à situação que ela já faz, em tese já faz, é
vetando que o conjunto das crianças e adolescentes de Porto Alegre, com
deficiência, sejam assim acolhidos na escola, Ver. Cecchim. Acho que faltou
essa visão da Prefeitura. Nós não legislamos só sobre a escola municipal, nós
legislamos sobre a vida e o direito à inclusão, o direito a brincar da criança
e do adolescente. Mais uma vez o meu apelo e, infelizmente, eu gostaria que o
Governo não tivesse se posicionado assim. Eu não gostaria que a nossa Câmara
tivesse de derrubar o veto, mas é a alternativa que deixa para quem tem
compromisso com a inclusão, quem tem compromisso com a infância, quem tem
compromisso com os direitos, com a vida digna de todas as crianças,
independente se ela nasceu normal, saudável, bonita e rica, ou se nasceu pobre,
se nasceu com deficiência. Então...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para discutir o PLL nº
164/12, com Veto Total.
O SR. ALBERTO KOPITTKE: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, aproveitando a discussão aberta com esse
veto sobre a relação do Executivo com o Legislativo, eu recordava que estive
hoje pela manhã num ato muito importante, Ver. Nereu, no Palácio Piratini onde
o Governador Tarso sancionou um projeto da Deputada Juliana Brizola, um projeto
histórico para o nosso Estado, garantindo a educação integral para as crianças
do Rio Grande do Sul. Quero saudar os companheiros do PDT porque sei que esta é
sua bandeira histórica, mais importante talvez, que é a síntese da história do
nosso Partido, o trabalhismo no Rio Grande do Sul. Quero
saudar, pois acho que isso nos traz um pouco dessa relação
Executivo/Legislativo, que nós sabemos que é uma relação política, como não
poderia deixar de ser entre relacionamentos de oposição/situação. Mas o Projeto
da Ver.ª Sofia, aprovado por nós, gostaria de destacar que o Município em nenhum
momento questiona juridicamente o projeto, é uma posição da Secretaria
Municipal de que não é necessária a lei. É legitimo que a Secretária assim
pense, agora, é mais legitimo ainda que este Legislativo decida manter a sua
posição, mesmo os colegas que votaram contra o projeto. Não me recordo
exatamente da votação, foi unânime, mais fácil ainda, porque eu iria dizer que,
mesmo que algum colega tivesse votado contra, já estamos tratando do formato da
relação. O projeto da Ver.ª Sofia não gera custo para o Executivo, não é um
programa; é um projeto que vem nas diretrizes da política nacional do Conselho
Estadual de Educação, do Conselho Municipal de Educação. Eu acho que é
importante para a nossa relação, que ela não seja contaminada porque senão
daqui a pouco vamos cair numa relação discricionária: se é da oposição, não
pode passar nada. Eu não creio que seja essa a diretriz ou pelo menos a
disposição ao diálogo que o Prefeito vem manifestando. Infelizmente quero
destacar que o projeto foi até vetado pelo Vice-Prefeito porque tenho certeza
de que o Prefeito Fortunati não seguiria esse caminho, ele tem destacado que
quer manter um diálogo aberto. E isso é muito importante em se tratando de uma
lei construída por uma colega, votada por unanimidade por nós e, por opinião da
Secretária, legitima, mas incorreta, vamos deixar de implantar uma política de
acessibilidade para mais de cinco mil crianças, que vão deixar de ter o acesso
a algo muito simples, que é a possibilidade de brincar no pátio das escolas de
ensino de Porto Alegre. É disso que se trata o que estamos discutindo aqui.
Então, peço a sensibilidade dos colegas, que possamos nos unir enquanto
Parlamento e manter esse importante projeto e esse princípio da vontade do
nosso Parlamento de tratar assim sobre os temas da Cidade, principalmente esses
temas que são oriundos de grupos tão vulneráveis na nossa sociedade.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLL nº
164/12, com Veto Total.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Bom, eu queria
falar sobre três temas em relação ao Veto. Primeiro é uma coisa que tem sido
corriqueira aqui nesta Casa, e acho que sempre é importante ressaltar, quando
acontece o Veto do Executivo aos Projetos da Câmara Municipal, que é o Veto,
Ver.ª Sofia, o veto de autoria. Se o Projeto é da oposição, inclusive, o Ver.
Airto Ferronato, quando era oposição ao Governo, no ano passado, reclamava
também do veto de autoria, porque projetos dele foram vetados pelo Paço
Municipal, à época. E agora, nós queremos fazer essa discussão com o Governo.
Porque mais uma vez um projeto extremamente meritório é votado de maneira
unilateral pelo Governo Municipal. Depois, analisando as razões do Veto, nós
ficamos mais preocupados ainda, porque a SMED responde dizendo que cumpre a
legislação, a ideia da legislação – porque não existe lei nesse sentido, por
isso a Ver.ª Sofia apresentou a lei –, o argumento é que a SMED já faz isso.
Nós sabemos que não faz, e que não tem em todas as escolas. Mas se tem a
previsão de fazer, que bom! É mérito para a Cidade, ótimo! E ter a aprovação
disso em lei transforma em política de Estado, não em política de Governo.
Transforma a luta pela acessibilidade em relação aos brinquedos, dentro das
áreas de lazer, nas escolas municipais, no Município de Porto Alegre, como uma
política permanente, em que sempre haverá equipamentos para lazer e recreação
infantil adaptados à criança com deficiência física ou mental.
Eu acho que é mais
grave ainda quando a SMED se coloca como guardiã, aparentemente única, das
políticas educacionais. A Secretaria Municipal de Educação tem uma
responsabilidade enorme, de fato, com o Município e com as políticas
educacionais. Agora, nós temos, na Rede, trabalhadores e trabalhadoras que
conhecem a Educação pública, que deveriam fazer parte dos projetos pedagógicos
e do Plano Municipal de Educação. É uma reivindicação antiga da categoria, e
nós temos a Câmara de Vereadores, que também tem obrigação de, por um lado, fiscalizar
o Executivo; mas, por outro, propor projetos que melhorem a Educação, a Saúde,
a assistência, então a Secretaria Municipal de Educação não é guardiã única das
políticas educacionais, não pode ser. A Câmara também tem a sua função, e a
cidadania, a democracia e as pessoas que lutam em defesas dos portadores de
necessidades especiais também são guardiãs da política educacional, porque isso
é uma conquista. A LDB, os debates em relação à concepção de educação, os
ensinamentos que Paulo Freire nos deixou, como sociedade, são conquistas.
Então, combato esse argumento, que também está nas razões do Veto. E aí o resto
é sempre aquele argumento falacioso do Governo que atribui competência
privativa para a Administração
Municipal fazer políticas no Município de Porto Alegre. Ora, se fosse assim,
não teria sentido haver Conselhos municipais; ter Parlamento, ter outras
instâncias de debate de políticas públicas, de posição de políticas públicas,
de cobrança de políticas públicas e de luta pela efetivação dessas políticas.
Então, eu acho que, primeiro, do ponto de vista da forma, o Veto não se
justifica; segundo, pela necessidade de se apontar políticas públicas às
pessoas portadoras de necessidades especiais é um acinte. E por fim, eu queria
chamar à coerência dos Vereadores e Vereadoras, para quem votou para aprovar o
projeto: mudar seu voto agora em relação a um Veto pífio do Governo seria muita
contradição com o projeto e com a Cidade.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLL nº 164/12,
com Veto Total.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver.
Bernardino Vendruscolo; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu não iria discutir
esse assunto, Ver.ª Sofia, até porque esse Parecer passou lá pela CEFOR, e nós
já vimos esse Parecer. Mas eu queria só lembrar uma coisa, Ver.ª Sofia:
aqui ninguém é contra a dar ou oferecer brinquedo para alguém. Aliás, V. Exa.
já ocupou o posto de secretária de educação como professora que é, período do
qual não tive notícia – e por isso não sei – se a senhora colocou esses
brinquedos lá nas escolas municipais; com este projeto, V. Exa. deve ter
colocado alguns, pelo menos, para dar o exemplo. E também queria dizer para o
Ver. Alberto Kopittke que não adianta ele espalhar desídia aqui, tentando
colocar o Vice-Prefeito Sebastião Mello contra o Prefeito Fortunati, porque
isso não pega. Não faça isso. Se V. Exa. tentou fazer essa intriga, certamente
não conseguiu; ao contrário. Já veio um parecer da Secretaria de Educação – que
volto a afirmar que foi um posto que a Ver.ª Sofia ocupou e que não tenho
notícia de ela ter colocado esses brinquedos nas escolas –, e por isso eu fiz
questão de vir aqui esclarecer que os exemplos devem partir de casa. Como a Ver.ª
Sofia não deu esses exemplos quando foi Secretária, eu vou continuar a seguir o
que escreveu a Secretária de Educação aqui: não há necessidade de lei para se
cumprir com as necessidades, para se cumprir com a necessidade da escola, seja
ela municipal, estadual, ou particular. As pessoas fazem dando exemplo e fazem
com a vontade de fazer. Não precisa de lei para se fazer alguma coisa de
interessante para a Cidade. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Requerimento): Considerando que este projeto precisa de 19 votos,
no caso de derrubada, eu solicito verificação de quórum, em função de os
Vereadores estarem envolvidos em outras atividades.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, só para colaborar, eu queria conclamar a Bancada do PT,
que está no plenário, para votar também, e não só chamar os que estão nos
gabinetes, porque a Bancada do PT, até agora, não deu presença!
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Solicito a abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pela Ver.ª Sofia Cavedon. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Há quórum.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
discutir o PLL nº 164/12, com Veto Total.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Eu quero agradecer a todos os Vereadores que vieram de seus gabinetes,
porque se fosse para falar ao plenário vazio, seria preferível ter encerrado a
sessão, já que este tema é importante para mais de cinco mil crianças especiais
da cidade de Porto Alegre. Mais de cinco mil crianças cujos pais buscam o direito
de seus filhos terem um brinquedo quando estão na escola, que possam ser
iguais. Não adianta nós falarmos em igualdade, darmos condições iguais para os
deficientes e, principalmente, para as crianças deficientes. Eu não sou uma
pessoa deficiente, mas nesta Casa aqui nós, os Vereadores, temos várias
dificuldades. Hoje mesmo, tivemos que interromper a fala de um Vereador aqui na
tribuna, porque nós não conseguimos ouvi-lo. Agora, imaginem uma criança que,
no seu horário de recreio, não pode brincar!
Esta Casa não pode ser demagógica na Semana dos
Portadores de Deficiência, aprovar uma lei beneficiando as crianças com
deficiência e mantendo um Veto do Vice-Prefeito de Porto Alegre! Por quê?
Porque não tem dinheiro? Aí são gastos mais de R$ 135 mil em diárias de viagem;
são dados R$ 10, por cachorro, para os Municípios vizinhos quando lá ocorrerem
enchentes. E aí se vê, como se viu, hoje de manhã, na CPI da Procempa, dinheiro
público sendo gasto em roupão, em vinhos, em guarda-sol, em cadeira de praia! E
aí não se tem dinheiro para pegar um pneu e botar de balanço para uma criança?
De pegar um pau com um pneu e fazer uma gangorra para uma criança portadora de
deficiência? Imagina a alegria dessa criança, quando chegar numa escola e ver
lá ver os brinquedos adaptados? Imagina a alegria! E nós vamos ceifar o direito
dessas crianças portadoras de deficiência! Esta Casa que se debruçou, desde que
eu cheguei aqui, para aprovar o projeto dos prédios inacabáveis, não tem a
mesma garra, não dá a mesma ênfase a esse direito mínimo de as crianças
deficientes brincarem.
Não adianta o nosso Prefeito receber o Troféu Amigo
da Criança; nós temos de ser amigos de todas as crianças, principalmente, das
crianças especiais, principalmente, das crianças que estão em cadeira de rodas,
das crianças cegas, das crianças surdas, das crianças que não conseguem se
adaptar, das crianças que não conseguem ser iguais às outras porque são
diferentes. Deus quis assim, Deus quis dar a essas crianças esse desafio, e nós
temos que ajudá-las a enfrentá-lo numa escola que respeite as diferenças. E
respeitar as diferenças é na hora do recreio, respeitar a diferença é essas
crianças terem acesso a um brinquedo, não ficarem sentadas olhando os outros
coleguinhas brincando, serem diferentes, porque podem se locomover, porque
podem ter acesso a um brinquedo.
Se nós aprovamos este projeto na semana em que
comemorávamos, em que fazíamos vários eventos aos deficientes, eu acho que
temos que derrubar este Veto, e ficarmos a favor das crianças, a favor das crianças
que querem o direito de brincar de igual para igual com as outras crianças.
Em nome da Bancada do meu Partido, e, também, do
PSD, nós encaminhamos para a derrubada do Veto, permitindo que as crianças
deficientes tenham, de fato, a igualdade e que o troféu que a nossa Cidade
ganhou de Amiga da Criança seja valorizado, para que todas as crianças sejam
iguais. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para
discutir o PLL nº 164/12, com Veto Total.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, pessoas que nos
assistem através da TVCâmara, e as que nos prestigiam com suas presenças aqui.
É extremamente importante nós, neste momento, fazermos um esclarecimento sobre
o Veto Total ao Projeto da Ver.ª Sofia Cavedon, que tenho plena convicção de
que foi elaborado na melhor da boa vontade, com o objetivo de promover que as
crianças com deficiências possam usufruir, possam se divertir, possam
frequentar espaços, praças. Porém, tem uma questão que eu quero levantar aqui,
aos senhores e às senhoras, e eu vou dar um exemplo muito simples sobre a
preocupação e o cuidado que temos que ter com esses equipamentos. Ora, vejam
bem os senhores: eu tenho três crianças pequenas na minha casa, minhas netas,
de um, três e quatro anos, que fervem diuturnamente. Só para os senhores terem
uma ideia, quando eu quero comprar um brinquedo para a pequena, que tem um ano
e um mês, eu tomo o cuidado para ver se o brinquedo tem selo de qualidade,
porque se essa pequena, que se chama Catarina, colocar um brinquedo, que é
bonitinho, na boca, com o objetivo de se divertir, e sair um parafuso, eu
coloco a vida dela em risco. E isso que ela é uma criança saudável, sem nenhum
problema – graças a Deus! Agora, imaginem o risco que há se uma criança com
deficiência utilizar um equipamento que não tem esse selo de qualidade. No
mínimo, estamos colocando-a em risco de sofrer um acidente, se não coisas mais
trágicas.
Então eu subo nesta tribuna para falar como mãe,
como avó, como tia, enfim, como mulher que acompanha a evolução das crianças e
que sabe que elas precisam, sim, de equipamentos de diversão, de lazer. Mas,
antes de tudo, querido Ver. Janta, que ocupou esta tribuna defendendo o projeto
em que eu também acredito, tem um detalhe: é necessário que esses equipamentos
tenham selo de qualidade, e só quem tem esse selo de qualidade é uma empresa de
São Paulo – eu pesquisei –, que possibilita que esses equipamentos de lazer
sejam colocados nas escolas. Então é justo, é correto que as escolas adquiram
esses equipamentos de forma individual, porque é com dinheiro da Prefeitura.
Nós não podemos fazer um tabelamento que todas as escolas tenham, de repente,
esses equipamentos. Por que eu digo isso? Porque todo cuidado é pouco quando
falamos de crianças, principalmente de crianças com deficiência. Nós temos que
ter estudos, temos que ter critérios rígidos para oferecer equipamentos de
lazer para essas crianças. E é com esse objetivo, somente com esse objetivo,
que o Prefeito Fortunati, sabiamente, preocupado, vetou o projeto da Sofia, que
fez na melhor boa vontade, mas ele teve estudos, ele teve acompanhamento, ele
teve orientação sobre esses equipamentos. Porto Alegre já tem duas escolas com
esses equipamentos com selo de qualidade, vindos de São Paulo. Porto Alegre
terá mais três escolas que já encomendaram esses equipamentos de lazer com selo
de qualidade.
Então, venho a esta tribuna para dizer que é
política pública do Prefeito Fortunati colocar brinquedos para crianças
deficientes nas escolas, mas brinquedos com selo de qualidade, porque ele tem
responsabilidade, porque se uma criança utilizar um brinquedo desses, que tem
inúmeros nomes, que não tiver esse selo de qualidade, essa mesma criança
sofrerá um acidente e poderá ser fatal.
Então, senhores e senhoras, não vamos, de forma
alguma, nos deixar envolver por esse sentimento de querer atender a uma
população deficiente – que eu também quero, mas com muita responsabilidade –,
porque o que não podemos permitir é que, amanhã ou depois, essas mesmas
crianças que já têm dificuldade, que nós sabemos que têm deficiência, elas
corram o risco e vegetem numa cama. É por isso que vim à tribuna, eu estudei
este projeto. Eu acredito que a Vereadora fez na melhor boa intenção. Ver.
Janta, eu sou a maior defensora das crianças, eu vivo com crianças, eu gosto de
crianças, e eu sei da responsabilidade que o Prefeito Fortunati teve quando
vetou totalmente o projeto da Sofia Cavedon, foi única e exclusivamente para
poupar vidas, para proteger as nossas crianças já tão prejudicadas nos seus
problemas.
(Revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
discutir o PLL nº 164/12, com Veto Total.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Srs. Vereadores,
funcionários desta Casa, público aqui presente e público que nos assiste,
principalmente público que nos assiste pela TVCâmara, que sei que são milhares,
inclusive, o nosso Presidente sempre coloca que a audiência da TVCâmara é uma
das maiores audiências e hoje já está se espraiando em outros Municípios.
Eu estava ali sentado e fico ouvindo situações e
palavras de alguns Vereadores, que dizem: “Se é de esquerda, não pode passar”.
Eu acho que isso é andar numa via só. Acho que isso é andar numa via só, porque
eu vejo muitas situações de oposição a projetos que são propostos aqui pelo
Governo e que tem linha de ação, sim, de alguns Partidos que hoje fazem
oposição e que, como papagaio de pirata, em alguns projetos, tentam colocar
emendas para desvirtuar o sentimento, o envolvimento aqui.
Eu votei neste projeto, e o que estamos aqui
discutindo não é a ideia do projeto, até porque aqui temos uma das pessoas mais
especializadas nesse assunto, que é a professora Sofia, assim como também tenho
a professora Rejane, coordenadora do meu Gabinete, especializada nesse assunto.
Em discussão lá na Escola Eliseu
Paglioli, com a própria Secretária, coloquei o assunto desse projeto e
que eu havia votado a favor. E o que nós estamos discutindo, a ideia aqui, é o
que todos nós queremos, é atender inclusão. A palavra de ordem aqui é inclusão,
e é o que queremos, e é o que o Governo, a duras penas, está fazendo aqui em
Porto Alegre. E não é verdade que nós não queremos inclusão. Não é verdade!
Existe uma lei federal acabando com as APAEs, e aqui nós mantemos essas escolas, escolas de inclusão. O que está se discutindo aqui é o
vício de origem do Projeto. O senhor que está nos ouvindo do outro lado da
tela: é o vício de origem do Projeto, não é inclusão. Inclusão, todos nós
queremos! As escolas municipais estão trabalhando devagar, mas é mais
satisfatório do que ser muito rápida a coisa, que aconteça para já! Então o que
está se discutindo aqui é o vício de origem do Projeto!
Apelo aos Srs.
Vereadores que façamos – poucos estão prestando atenção no meu discurso, estou
falando para a plateia mesmo! – apelo aos Srs. Vereadores que façamos um
projeto indicativo que hoje está fortalecido pelo Projeto do nosso Presidente
Vendruscolo, um projeto conjunto de indicativo ao Governo para que possamos
implementar essa inclusão, e com esses materiais. Desculpa, Mônica, mas não é
pela questão de só existir uma fábrica, é esse projeto inclusivo que temos que
abraçar de forma de indicativo, porque o Governo quer esse tipo de inclusão.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Séfora Mota está com a palavra para discutir o PLL nº 164/12,
com Veto Total.
A SRA. SÉFORA MOTA: Sr. Presidente, eu
tenho acompanhado muito a vida, o dia a dia das pessoas com deficiência. Aqui
na Casa eu sou a Presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das
Pessoas com qualquer tipo de Deficiência. Todos os dias a gente descobre um
tipo a mais de deficiência. Independente da questão da competência, eu acho que
é extremamente meritório este Projeto. Não se tem inclusão sem acessibilidade.
Eu ouvi a colega Mônica dizer que tem uma empresa no Brasil que fica em São
Paulo. Enquanto não tiver demanda, não vai ter mais empresas, não vai ter
outras empresas e a sociedade, como um todo, está deficiente. As pessoas com
deficiência são invisíveis, porque elas não têm condições de frequentar os
mesmos lugares que as outras pessoas. Então, eu, como mãe de dois meninos que
não têm nenhuma deficiência, mas têm limitações, porque todos nós temos
limitações, e mãe, não, tia – já digo mãe, porque os meus sobrinhos são como
filhos – de um menino que é deficiente visual, quero ver essa inclusão
acontecer. Ela tem que acontecer junto aos pequenos para que mudemos a maneira
de como vemos as pessoas com deficiência, porque de maneira nenhuma elas são
incapazes, elas tem suas limitações, porque não têm oportunidades que nós
temos, então, fica mais difícil.
Então, eu acho que, independente da competência, de
toda a discussão, o projeto é maravilhoso, porque as crianças vão conviver
desde pequeno. Como se fala em inclusão e em escola inclusiva se uma criança
com deficiência não tem o direito de brincar como as outras crianças? Isso nunca
vai acontecer, como nunca vão ter outras empresas que fabriquem equipamentos
adaptados porque não tem demanda, porque, infelizmente, a sociedade fadou as
pessoas com deficiência a ficarem dentro de casa, porque nós não temos
acessibilidade. Então, essa é uma luta que o Governo está se empenhando para
melhorar e claro que eu jamais poderia votar contrário a um projeto que vai
trazer um benefício que é a prática da inclusão junto às crianças. Por hora era
isso, muito obrigada pela atenção de vocês.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON (Requerimento): Vereador-Presidente, eu vou solicitar, mais uma
vez, a verificação de quórum. É um assunto muito importante para tão poucos
Vereadores fazerem o debate.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Solicito abertura do painel eletrônico para
verificação de quorum, solicitada pela Ver.ª Sofia Cavedon. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Doze Vereadores presentes. Não há quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 17h51min): Encerrada a
Ordem do Dia.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, eu peço a atenção a
todos, principalmente aos líderes do Governo, porque nesta tribuna, quando nós
discutimos a questão dos funcionários do Instituto de Cardiologia, nós
alertamos para o julgamento do Instituto
Municipal de Estratégia de Saúde da Família
– IMESF, pelo Tribunal. Um julgamento que diz que o IMESF, por decisão
desse Tribunal, no dia 11 de janeiro, tem que encerrar suas atividades. Aqui
nesta tribuna, nós dissemos que temos vários concursados, funcionários do
Instituto de Cardiologia, nós temos os próprios concursados do IMESF que
poderiam ser usados pelo Governo Municipal para atender na área da Saúde. O que
nós queremos alertar e denunciar, aproveitando a TVCâmara, alertar o Procurador
Caminha, alertar o Ministério Público e a população de Porto Alegre, porque, se
depender deste Vereador, nós não vamos permitir o que está-se desenhando. Nós
não vamos permitir o que está aparecendo no horizonte, que é chegar o dia 12 de
janeiro, Ver. Tarciso, e aparecer um contrato emergencial na Saúde em Porto
Alegre. O Município de Porto Alegre, representante da Prefeitura nesta Casa,
Gil, e Líderes do Governo nesta Casa, Airto Ferronato, Reginaldo Pujol, Mario
Fraga: o Governo está sendo avisado pela Justiça de que, no dia 11 de janeiro,
o Governo de Porto Alegre tem que resolver o problema do IMESF. Dia 11 de
janeiro, acaba este contrato do IMESF, Ver. Pedro Ruas. E aí, nós vamos ver
aqueles contratos fraudulentos! Aqueles contratos emergenciais absurdos. Saúde,
emergência, tem que estar aberta 24 horas, nos postos de saúde. Emergência na
saúde, Ver. Tarciso, é quando a população precisa, não contrato emergencial. A
Prefeitura tem tempo de fazer concurso, ela tem tempo de revalidar os dois
concursos que foram feitos, ela tem tempo de chamar as pessoas que já fizeram
concurso, e está levando a coisa com a barriga. Quem tem barriga aqui sou eu.
Nós não vamos admitir que seja feito em janeiro, volto a afirmar a data: 11 de
janeiro, por decisão do Tribunal de Justiça, o Instituto tem que encerrar as
suas atividades, Ver. Valter Nagelstein. Decisão do Tribunal de Justiça: 11 de
janeiro. O Instituto tem que encerrar as suas atividades.
Saúde é prevenção, e a Prefeitura tem que se
precaver, tem que se prevenir, para dia 11 de janeiro não vir com contratos
emergenciais que já usa na área de segurança privada, que já usa na área de
limpeza, que vêm dando seguidamente problemas para a Prefeitura, aos cofres
públicos e à população de Porto Alegre. E agora estamos falando do bem maior,
que é a saúde. Todos os cultos e credos defendem a vida das pessoas. Não
podemos, usando a saúde das pessoas, fazer contratos emergenciais em janeiro.
A Prefeitura tem prazo, a Secretaria Municipal da
Saúde tem prazo, então que tomem as providências dentro desse prazo, não fiquem
esperando vir o furacão, não fiquem esperando e jogando com a saúde do povo
trabalhador de Porto Alegre. Com força e fé nós vamos melhorar a vida das
pessoas, com certeza.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 2163/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 252/13,
de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina Rua Izolina Rosa da Silva o
logradouro não cadastrado conhecido como Beco Quatro – Estrada da Extrema –,
localizado no Bairro Lami.
PROC. Nº 2248/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 259/13,
de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que altera a ementa, os arts. 1º e 3º,
inclui arts. 1ª-A, 1º-B e 3º-A e revoga o art. 2º da Lei nº 6.809, de 28 de
fevereiro de 1991, dispondo sobre a inclusão de atividades pedagógicas relativas
à educação para o trânsito nas escolas da rede pública municipal.
PROC. Nº 2254/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 271/13,
de autoria do Ver. Dr. Thiago, que denomina Rua João Cláudio Ribeiro da Roza o
logradouro não cadastrado conhecido como Rua G – Lami –, localizado no Bairro
Lami.
PROC. Nº 2453/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 279/13,
de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que determina o fechamento da Av. Edvaldo
Pereira Paiva para circulação de veículos automotores aos sábados, domingos e feriados,
das 6h (seis horas) às 20h (vinte horas).
PROC. Nº 2466/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 030/13,
de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que altera o art. 6º da Lei Complementar
nº 626, de 15 de julho de 2009 – que institui o Plano Diretor Cicloviário
Integrado e dá outras providências –, determinando que a extensão da
infraestrutura da rede cicloviária seja de 395 km (trezentos e noventa e cinco
quilômetros), e estabelece prazo para a implantação dessa infraestrutura.
PROC. Nº 2667/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 297/13,
de autoria da Verª Mônica Leal, que proíbe a utilização de telefone móvel
(celular), rádio amador e similares no setor de pagamento e recebimento de
agências bancárias.
PROC. Nº 2708/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
DO LEGISLATIVO Nº 036/13,
de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa, que inclui art. 222-A na Lei Complementar
nº 284, de 27 de outubro de 1992 – que institui o Código de Edificações de
Porto Alegre e dá outras providências –, e alterações posteriores, permitindo o
uso de telhado verde sobre lajes e demais coberturas do último pavimento de
edificações.
PROC. Nº 2821/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 014/13,
que altera o caput dos arts. 42, 45 e 61, os incs. I a IV do art. 62 e o
inc. VIII do art. 113, e inclui §§ 1º, 2º e 3º no art. 61, todos da Lei
Complementar nº 628, de 17 de agosto de 2009 – que consolida a legislação
municipal que dispõe sobre a defesa dos direitos da criança e do adolescente e
revoga o art. 13 da Lei nº 9.693, de 29 de dezembro de 2004, e as Leis nos
6.787, de 11 de janeiro de 1991; 7.207, de 30 de dezembro de 1992; 7.394,
de 28 de dezembro de 1993; 7.453, de 6 de julho de 1994; 7.497, de 21 de
setembro de 1994; 7.595, de 17 de janeiro de 1995; 7.697, de 10 de novembro de
1995; 7.707, de 23 de novembro de 1995; 7.859, de 8 de outubro de 1996; 8.067,
de 18 de novembro de 1997; 8.098, de 22 de dezembro de 1997; 8.162, de 20 de
maio de 1998; 8.554, de 13 de julho de 2000; 9.126, de 27 de maio de 2003;
9.432, de 20 de abril de 2004; 9.632, de 7 de dezembro de 2004; 9.689, de 28 de
dezembro de 2004; 9.895, de 23 de dezembro de 2005; e 10.179, de 21 de março de
2007 –, dispondo sobre a política municipal de defesa dos direitos da criança e
do adolescente.
PROC. Nº 2823/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 037/13, que
declara de utilidade pública o Centro de Tradições Gaúchas Caminhos do Pampa.
PROC. Nº 2845/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 319/13,
de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que altera o art. 2º da Lei nº 9.258, de 12
de novembro de 2003 – que dispõe sobre a oficialização da Feira de Artesanato
do Brique de Sábado da Avenida José Bonifácio –, ampliando a área de realização
da Feira.
PROC. Nº 2945/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 339/13,
de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Ruy Caporal o
logradouro público cadastrado conhecido como Praça 3074 – Loteamento Jardim
Safira –, localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC. Nº 1883/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 299/13,
de autoria da Verª Jussara Cony e do Ver. João Derly, que estabelece normas
para a realização de eleição de empregado para representar sua categoria em
diretoria de empresa pública e de sociedade de economia mista em que o
Município de Porto Alegre seja acionista majoritário, em conformidade com o
disposto no art. 24 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre.
PROC. Nº 2498/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 031/13,
de autoria da Verª Jussara Cony e do Ver. João Derly, que altera o § 3º do art.
197 e inclui inc. XXVI e §§ 4º e 5º no art. 197, inc. IV no art. 206 e inc. XV
no art. 207 da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985 – que
estabelece o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Porto Alegre –,
proibindo a prática de assédio moral na Administração Pública Municipal, e dá
outras providências.
PROC. Nº 2985/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 040/13, que
autoriza o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) a desafetar e
alienar ao Município de Porto Alegre próprio destinado a uso especial
localizado na Rua Paulo Maciel, nº 220.
PROC. Nº 2906/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 329/13,
de autoria da Verª Any Ortiz, que institui o Programa de Incentivo à Coleta e à
Destinação Ambientalmente Adequada de Pneus Inservíveis.
PROC. Nº 2803/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 311/13,
de autoria do Ver. Guilherme Socias Villela, que renomeia o parágrafo único
para § 1º e inclui § 2º no art. 3º da Lei nº 10.165, de 23 de janeiro de 2007 –
que determina a afixação de placas denominativas de logradouros públicos pelo
Poder Executivo Municipal ou, ainda, por terceiros contratados mediante
licitação, dispõe sobre sua manutenção e, no caso de contratação de terceiros,
assegura-lhes a exploração comercial dos postes toponímicos –, facultando ao
Executivo Municipal a identificação de placas denominativas de logradouros
denominados por meios legais ou de costume, mantendo logo abaixo o nome
original.
PROC. Nº 2805/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 312/13,
de autoria da Verª Mônica Leal, que proíbe os cidadãos de utilizarem máscara ou
qualquer meio capaz de ocultar o rosto com o propósito de impedir sua
identificação em manifestações públicas no Município de Porto Alegre e
normatiza o direito constitucional dos cidadãos à participação em reuniões
públicas.
PROC. Nº 2905/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 328/13,
de autoria da Verª Any Ortiz, que obriga os estabelecimentos em que haja
prática de educação física em qualquer de suas modalidades a disponibilizar kit de primeiros socorros e profissional
capacitado e treinado para a sua realização.
PROC. Nº 2932/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 037/13,
de autoria do Ver. Guilherme Socias Villela, que inclui § 4º no art. 8º da Lei
Complementar nº 320, de 2 de maio de 2004 – que dispõe sobre denominação de
logradouros públicos e dá outras providências –, e alterações posteriores,
permitindo que as placas denominativas de logradouros cujas denominações forem
consagradas pelo uso que forem objeto de alteração possam conter a denominação
anterior, logo abaixo da nova.
PROC.
Nº 2326/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/12, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que
autoriza a instalação de um monumento em homenagem ao Padre João Peters no
canteiro que delimita as Avenidas Augusto de Carvalho e Loureiro da Silva,
localizadas no Bairro Praia de Belas, sem ônus para o Município de Porto
Alegre, e dá outras providências.
PROC. Nº 1082/13 – PROJETO DE EMENDA À
LEI ORGÂNICA Nº 002/13,
de autoria da Verª Sofia Cavedon e outros, que inclui art. 183-A na Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre, determinando que sejam aplicados
integralmente em educação os recursos provenientes da União a título de
distribuição da participação especial e dos royalties decorrentes da
exploração de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos. Com
Emenda nº 01.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 0774/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 006/13, que
autoriza a delegação de permissões para o serviço de transporte individual por
táxi do Município de Porto Alegre, mediante a submissão ao procedimento
licitatório e a utilização de veículos com acessibilidade para pessoas com
deficiência.
PROC. Nº 1855/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 195/13,
de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que obriga os estacionamentos e garagens a
disponibilizarem informações em tempo real por meio de dados abertos na
internet.
PROC. Nº 2568/13 – PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 011/13,
que altera as alíquotas de contribuição previdenciária, alterando a al. c do inc. II do art. 2º da Lei
Complementar nº 505, de 28 de maio de 2004; inclui al. d no inc. II e §§ 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º, no mesmo dispositivo; e
inclui § 1º no art. 7º, e dá outras providências.
PROC. Nº 2625/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 296/13,
de autoria do Ver. Paulo Brum, que inclui art. 2º-A na Lei nº 10.365, de 23 de
janeiro de 2008 – que assegura aos idosos reserva de pelo menos 5% (cinco por
cento) das vagas em estacionamentos públicos e privados no Município e dá
outras providências –, determinando a aplicação de multas aos veículos que
utilizarem irregularmente essas vagas.
PROC. Nº 2815/13 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 035/13, que
altera a letra “b” do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988 – que
estabelece o Plano de Carreira dos Funcionários da Administração Centralizada
do Município, dispõe sobre o Plano de Pagamento e dá outras providências –,
alterando a especificação de classe dos cargos de provimento efetivo de
Instrutor de Artes Plásticas.
PROC. Nº 2894/13 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 326/13,
de autoria do Ver. Valter Nagelstein, que inclui parágrafo único no art. 3º e
altera o art. 4º da Lei nº 9.996, de 19 de junho de 2006, determinando a
aplicação de sanções às pessoas que consumirem bebidas alcoólicas nas áreas de
domínio comum de postos de gasolina.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Ver. Bernardino. Nós encerramos a Ordem do Dia e eu espero,
Ver. Airto Ferronato, que possamos ter uma reunião com o Governo antes de
voltarmos à discussão do Veto. Quero-lhe fazer um apelo para até segunda-feira,
quem sabe, nós preservamos e recompomos uma lei que é importante para a Cidade,
para as crianças.
Está em Pauta, e tem a ver com o mesmo tema, um
projeto de minha autoria que altera na Lei Orgânica um dispositivo sobre o
financiamento de educação, desdobrando, na nossa Lei Orgânica, os destinos dos royalties do petróleo aos quais Porto
Alegre terá direito para a educação. O Ver. João Derly, na mesma semana que eu
entrei com a iniciativa, entrou com um pedido de criação de lei ordinária nesse
sentido. Por que eu acho que é fundamental transformar em cláusula pétrea? A
Lei Orgânica para nós é a lei máxima. Porque todos nós temos demanda em
educação. A Ver.ª Mônica Leal levantava que um brinquedo seguro, adaptado à
criança com deficiência é muito caro, só tem em São Paulo. Pague-se! Porque a
educação é cara. Porque se ela não for cara é um desastre. Ela tem que ter boas
condições, a escola não pode mais ser anacrônica, e nós temos que indicar, sim,
que a nova riqueza do Brasil e outras tantas devem ser direcionadas para a
educação. Nós não podemos mais achar que a pessoa que é diferente tem que se
adaptar. Não dá mais para imaginarmos situações como vemos em muitas escolas,
inclusive nas municipais – que são melhores do que as demais –, onde as
crianças não acessam à biblioteca porque é com escadas, porque as crianças com
deficiência têm um circuito muito restrito dentro da própria escola, porque a
escola é cheia de barreiras, sejam físicas, sejam barreiras humanas, sejam
barreiras de anatomia mesmo. Quer dizer, o cadeirante não entra, por exemplo,
na bancada do computador porque não está adaptada, não é mais alta. Isso custa,
Ver.ª Mônica, e lhe falo com muito respeito, reagi porque
estava espantada achando que estava apoiando o meu projeto. Isto tem custo, é
caro, mas, para dar conta de diferença, tem que ser caro, tem que responder com
valores. Por isso, a minha lei que consagra em Porto Alegre, na Lei Orgânica,
que os royalties do petróleo que
entrarem na Cidade sejam destinados, todos, para a educação, porque nós achamos
ali que todas as crianças com sucesso na escola têm muito menos problemas de
saúde, de assistência, de qualquer outro problema. Então, todas as crianças têm
que ter escola adaptada a elas, mesmo as que não têm deficiência. Se precisar
de um apoio de laboratório de aprendizagem, quantas crianças não aprendem na
aula, não é? E, na escola privada, ele vai ao laboratório noutro turno, a
senhora conhece bem. Então acho que não podemos medir a educação pelo preço:
“ah, é muito caro, nós não podemos legislar.”
A Sra. Mônica Leal: V. Ex.ª permite um
aparte? (Assentimento da oradora.) Essa sua frase de que educação é muito cara,
nós não podemos legislar, quando eu usei a tribuna, eu disse claramente que o
seu projeto é extremamente importante, porém ele tem, na minha opinião, algo
muito, muito grave e que nós temos que pensar. Crianças com deficiência, mais
do que crianças saudáveis, elas necessitam da preocupação e do cuidado. O
Prefeito Fortunati vetou, veto total, o seu projeto por essa questão...
A SRA. SOFIA CAVEDON: Não é por essa
questão. Ver.ª Mônica Leal, eu lhe peço que leia as razões do veto.
A Sra. Mônica Leal: Eu olhei, li o seu
projeto, ele é muito bom, porém esses brinquedos para crianças especiais
existem numa empresa de São Paulo, ou seja, eles têm um selo de qualidade para
essas crianças. Cada escola, de forma individual, deve adquirir esses
equipamentos, porque esses valores são da Prefeitura. Agora, só não vamos
misturar as coisas, a inclusão é inclusive um projeto do Prefeito Fortunati,
tanto que ele já tem em duas escolas e em mais três.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver.ª Mônica, fico
cada vez mais confusa diante da sua manifestação. Primeiro fui gestora, e, se a
Prefeitura quiser, ela licita e compra para as 90 escolas. Não precisa que cada
escola compre a sua. Segundo: se não tem aqui, compra em São Paulo, porque,
para alimentação, por exemplo, das crianças, infelizmente a Prefeitura não
compra dos agricultores familiares de Porto Alegre. Ela compra por atacado, e
sabe de onde vem? De São Paulo. De onde vem o produto não importa. O que estou
dizendo é que os royalties do
petróleo vão ajudar a superar as dificuldades de qualificar a educação, e ela
dá conta da diferença. E nós exigimos que a educação dê conta da diferença
porque todos têm direito à educação, não importa se não caminha, se não escuta,
se não enxerga. A cada criança a escola adequada.
Então, a gente coloca
a demanda na lei, mas a gente também coloca lei para ter recursos para isso.
Isso é compromisso com a educação.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): As inscrições em Pauta, pelo Regimento, sempre dizem respeito a um ou
outro projeto que está em Pauta. Só vou pedir a observação dos colegas. Mas a
gente tem um pouco de compreensão em razão da necessidade que os colegas têm de
debater assuntos importantes.
O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Obrigado,
Presidente Bernardino Vendruscolo, agradeço a V. Exa. pelo alerta. Quero
cumprimentar os resistentes Vereadores, quero cumprimentar o nosso coordenador
da Bancada, amigo Clóvis Magalhães e a sua senhora que nos visitam.
Sr. Presidente, en passant, queria dizer, Ver.ª Sofia,
que concordo com V. Exa. e com o mérito do seu projeto, acho que nós não
devemos só ter nas escolas equipamentos especiais para crianças especiais, mas
nós já precisaríamos ter nas praças da Cidade equipamentos para cadeirantes.
Nesse sentido, tem o meu apoio porque acho que é extremamente importante e acho
que é o nosso papel também como Vereadores, independentemente de situação ou de
oposição, empurrarmos o Governo. Ainda disse isso, na semana passada, na
questão do Orçamento. Consagrou-se, especialmente pelo PT, o Orçamento
Participativo e se reduziu a margem de participação, com o perdão da
redundância, dos Vereadores na elegibilidade de emendas que possamos fazer. Mas
a gente anda pela Cidade, a gente sabe que as praças precisam de reparos, a
gente sabe que o mobiliário urbano precisa ser trocado, a gente sabe que o
asfalto precisa ser reparado, a gente sabe que tem muita coisa por fazer, a
gente se preocupa que o Executivo está chegando a 49% de comprometimento da sua
receita com folha de pagamento, e os Vereadores têm que poder apontar no
Orçamento onde vão alocar recursos. Os Vereadores têm que ter essa
possibilidade, isso é do processo republicano. Então, nós precisamos, sim,
exercer essa faculdade.
Sr. Presidente, venho
aqui fazer uma breve fala sobre um projeto de lei, de minha autoria, que visa a
alterar a Lei nº 9.996, de 19 de junho de 2006. Essa
alteração consiste no seguinte. Com muito orgulho, me perdoem a falta de
modéstia, mas carrego e ostento isso com muito orgulho no meu currículo,
ter implementado a política do Fumo Zero em Porto Alegre. Quando nós chegamos
na Secretaria, as pessoas ainda fumavam nos ambientes coletivos fechados,
restaurantes, bares. Eu chamei a nossa fiscalização e disse: olha, nós vamos
fazer um negócio para valer. Por seis meses nós vamos lá, vamos notificar e,
passados os seis meses, nós vamos começar a multar. E já havia um caldo de
cultura na sociedade, é verdade, e esse negócio pegou. Pegou, e hoje, felizmente
não se fuma mais em nenhum lugar coletivo fechado, restaurantes... Em algumas
casas noturnas, ainda sim, porque é muito grande, é difícil o controle. Mas a
gente conta hoje com as pessoas como fiscais disso, que dizem: apaga o cigarro
aí. Porque cigarro, obviamente, emite fumaça e está perturbando ali as outras
pessoas.
Mas tem uma outra
legislação, que passou aqui num determinado momento, que era a questão do
consumo de bebidas alcoólicas nos postos de combustíveis. Isso também é
importante, mas tem um equívoco naquela lei. O equivoco naquela lei, e eu uso a
legislação do Rio de Janeiro, agora, no Cidade Limpa. No Rio de Janeiro os
fiscais estão na rua, com uma maquinazinha, e estão autuando as pessoas que
sujam a rua, porque é a pessoa que suja que tem que ser autuada. Aqui a pessoa
vai num posto de combustível, a bebida, embora em excesso faça mal à saúde, não
é um item banido, ela é liberada, a bebida alcoólica, e se vende num posto de
combustível. O dono do posto não tem poder de polícia. Aí o que acontece é o
seguinte: a lei determina que não pode beber na área do posto. Aí o frentista
chega lá e diz para ele: meu amigo, o senhor não pode beber aqui. Aí, ele
arranca o carro, Ver.ª Sofia – e eu tenho relatos, quando Secretário, de muitas
vezes disso –, jovens principalmente, pegam a garrafa e jogam no frentista, no
trabalhador do posto; jogam na loja de conveniência; jogam na bomba de
combustível. Então, não é uma coisa que se possa exigir do estabelecimento esse
tipo de controle, porque não é do estabelecimento. O controle é do Poder
Público, Ver. Clàudio Janta, sobre quem está cometendo a infração! Então, a
exemplo do Rio de Janeiro, nós temos que desenvolver a capacidade de chegar lá
com a nossa fiscalização e multar quem está bebendo! Não o posto, porque o
posto não tem poder de polícia. O posto, vou dizer, não tem poder de polícia;
ele não pode confiscar bebida. E se a bebida é um item ilícito, ele também não
está proibido nem banido de vender.
Então, nós temos que
alterar para que a fiscalização do Município atinja ao agente infrator. E o
agente infrator é o consumidor da bebida alcoólica, não é o estabelecimento
comercial, que está sendo indevidamente punido. Então, vamos fazer com que a
EPTC faça mais blitz na rua, tenha mais bafômetro, se tenha mais operação
balada segura...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. VALTER NAGELSTEIN: ...Eu concluo, Sr.
Presidente. É mais operação Balada Segura. O que acontece no trânsito é uma
tragédia, assim como a violência e a criminalidade que matam 50 mil pessoas por
ano; outras 50 mil morrem na violência do trânsito. Então, é preciso, sim, a
sociedade está acordada para isso. Agora, eu estou propondo essa pequena
alteração: que a Prefeitura, com seus fiscais, multe as pessoas que estiverem
infringindo a lei. E aí, nós vamos ter que caminhar, logo em seguida, para a
questão da multa do lixo na rua. Nós tínhamos que caminhar também para a multa
de donos de animais que vão às praças. Eu tenho um nenê de dois anos e meio e
eu vou ali na Praça Mafalda Veríssimo, onde há um escorregador e uma caixa de
areia – desculpem a expressão–, que está cheia de cocô de cachorro. As pessoas
têm que ter responsabilidade também, e tem que multar quem leva o seu cachorro
e não recolhe as fezes dele. Porque ali vai uma criança que, daqui um pouco
mais, vai ter uma doença de pele por causa disso. Então, nós temos que começar
a educar o cidadão, infelizmente, a partir...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Falar em cigarro faz-me lembrar da luta do Ver.
Nedel; falar em bebida nos postos de gasolina, me lembra a luta da Ver.ª Clênia
Maranhão. Então, queremos cumprimentar V. Exa. também.
Visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão, agradecendo a colaboração de todos os servidores
e dos demais Parlamentares desta Casa.
(Encerra-se a Sessão às 18h9min.)
* * * * *